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Após as denuncias conhecidas em julho passado sobre a espionagem estadunidense ao Peru, esta semana o governo de Ollanta Humala reafirmou que não recebeu explicações por parte de Barack Obama. A Chancelaria peruana disse que continua esperando os argumentos dos EUA. O governo do Peru reiterou na última terça-feira que continua esperando pelas explicações os Estados Unidos sobre seus planos de espionagem no país sul-americano, que também é um de seus principais aliados comerciais. Mediante um comunicado, a Chancelaria peruana desmentiu ter recebido esclarecimentos de Washington a respeito, como publicaram alguns meios de comunicação.
"Nem a chanceler Eda Rivas, nem nenhum funcionário da Chancelaria recebeu informação oficial ou oficiosa alguma do Governo dos Estados Unidos sobre as supostas atividades de espionagem por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) dos EUA.", indicou o texto.
O Ministério de Relações Exteriores do Peru manifestou novamente seu "energético rechaço" às práticas ilegais de vigilância do país norte-americano em nível internacional, que supõem uma "violação à soberania dos Estados".
No último dia 18 de julho, Rivas anunciou que havia solicitado de maneira oficial uma explicação pelo caso de espionagem dos Estados Unidos contra seu país.
A solicitação foi feita depois que o jornal brasileiro 'O Globo' publicou um informe baseado em alguns documentos obtidos pelo ex-técnico da NSA, Edward Snowden, segundo os quais esta agência empreendeu um massivo programa de espionagem em vários países da América Latina e do mundo.
Peru, junto com Colômbia e Chile, é um dos aliados dos EUA na América do Sul, com quem mantém sólidas relações comerciais, políticas e de cooperação.
O Peru não havia expressado publicamente sua opinião sobre a espionagem que os Estados Unidos exercem contra o mundo, fato que levou vários governos da América Latina e do mundo a pedirem explicações a Barack Obama por esta prática fraudulenta.
Até agora, Brasil, Peru, Venezuela, Bolívia, Equador e Chile estão entre os países que levantaram sua voz para exigir explicações sobre a espionagem massiva realizada pela Casa Branca e revelada por Snowden, quem se encontra exilado na Rússia.
Até mesmo a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, pediu ante a Organização das Nações Unidas (ONU) um pronunciamento internacional contra a ação dos EUA, que considerou violar a soberania das nações.
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