Foi com tristeza e lágrimas nos olhos que a mãe da jogadora Marta, Terezinha Vieira dos Santos, de 60 anos, assistiu à derrota por 2 a 0 da seleção brasileira para a Alemanha, na grande final da Copa do Mundo de Futebol Feminino, na China, escreve a Gazeta do Povo.
Ainda não foi dessa vez, mas a vida continua e essas meninas ainda vão dar muitas alegrias ao Brasil, afirmou Terezinha, antes de deixar o salão onde assistiu à partida em um telão montado pela prefeitura de Dois Riachos, cidade natal da principal jogadora brasileira, no sertão alagoano, a cerca de 220 quilômetros de Maceió.
A mãe de Marta esteve nervosa desde o início da partida. Ela vestia a camisa da seleção com o número 10 e o nome de Marta nas costas. Estava sentada ao lado do prefeito de Dois Riachos, Jaílton Matias de Azevedo (PP), assistindo ao jogo com familiares, amigos e moradores da cidade.
Para a mãe de Marta, a falta de apoio ao futebol feminino pesou na disputa contra a forte seleção alemã. A derrota não é motivo de desespero. Essas meninas já foram longe demais, pois não é fácil jogar futebol feminino sem incentivo, sem apoio, acrescentou.
Mesmo assim, as meninas conseguiram um feito histórico, conquistar o vice-campeonato mundial, que é um título inédito para o Brasil, afirmou José Vieira, irmão de Marta, que acompanha pela imprensa a carreira da irmã. Não foi porque ela perdeu o pênalti que vai deixar de ser a melhor jogadora de futebol feminino do mundo, acrescentou.
O grito ficou engasgado na garganta, mas quem sabe se da próxima vez não ecoa pelo mundo afora, afirmou a professora Maria José Vasconcelos, a Ezinha, que deu aulas a Marta na Escola Cônego José Bulhões. A Marta era inteligente, mas não prestava atenção direito às aulas porque ficava ansiosa, esperando a hora do recreio para jogar bola com os meninos, contou, também vestida com a camisa 10 da seleção feminina de futebol.
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