A morte de António Puerta uniu toda a Espanha. Milhares de pessoas tomaram as ruas ao redor do estádio Sánchez Pizjuan, do Sevilla, para prestar ontem sua última homenagem a Antonio Puerta, que morreu três dias após ter desmaiado em campo durante partida do Campeonato Espanhol no fim de semana.
Puerta morreu na tarde de terça-feira (28) no hospital Virgen del Rocío, não conseguindo resistir a sucessivas paragens cardio-respiratórias. A Sevilha despediu-se com ele esta manhã.
Puerta tinha 22 anos e, de acordo com o relatório médico, sofreu uma "displasia arritmogénica do ventrículo direito".
No entanto, a causa avançada para a morte é uma "encefalopatia e falha multiorgânica resultante da paragem cardíaca sofrida pelo jogador no sábado". "A displasia arritmogénica é um problema que consiste na substituição progressiva de células miocárdicas por tecido fibrogorduroso.
Os estudos realizados indiciam que este problema pode ter origem genética, mas nem sempre é detectado em exames regulares. Os sintomas mais frequentes são palpitações e tonturas, muitas vezes motivados por esforço físico, mas também podem ser afectadas pessoas que estão em repouso.
" Foi esta a explicação que o responsável clínico avançou para a morte do jovem atleta, um caso que fez mudar por completo a agenda do futebol internacional. Além do minuto de silêncio nos jogos da Liga espanhola, a UEFA adiou o encontro entre o AEK de Atenas e o Sevilha e o Real Madrid cancelou o jogo que tinha agendado contra o Sporting, a contar para o troféu Santiago Bernabeu.
A urna que transportava o corpo de António Puerta saiu do estádio Sanchez Pizjuan às 13h30, carregada em ombros pelos companheiros de equipa do internacional espanhol, incapazes de esconder as lágrimas.
Fora do estádio, milhares de adeptos esperavam o momento para um último adeus a Puerta. A cerimónia prosseguiu no cemitério, aí apenas com a presença de família, equipa do Sevilha e dirigentes do clube. O corpo do jogador foi cremado e, a pedido da família, sem a presença de adeptos.
Entretanto, o governo espanhol atribuiu a medalha de mérito desportivo a António Puerta, a título póstumo.
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