Desigualdade Social no Brasil
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE, 10% da população com maiores rendimentos concentra quase metade da renda do País, sendo que a renda média de metade dos trabalhadores brasileiros é inferior a um salário mínimo.
O Conselho Federal de Economia se preocupa com o assunto e recentemente lançou a Campanha pela Redução da Desigualdade Social no Brasil, juntamente com a Oxfam Brasil e mais 30 entidades nacionais, como a OAB, CNBB e Auditoria Cidadã da Dívida. O eixo principal da campanha é a mudança do modelo tributário, tendo como inspiração reduzir a tributação sobre o consumo e a produção e aumentar sobre a renda e a riqueza. No Brasil, 72% da arrecadação de tributos estão concentrados sobre o consumo (56%) e sobre a renda do trabalho (16%), ficando a tributação sobre a renda do capital e a riqueza com apenas 28%, na contramão do restante do mundo. Na média dos países da OCDE, por exemplo, a tributação sobre a renda do capital representa 67% do total de tributos arrecadados, restando apenas 33% sobre o consumo e a renda do trabalho.
Para comentar a questão da desigualdade social no Brasil,, sugerimos como fonte o presidente do Cofecon, Júlio Miragaya.
Júlio Miragaya é doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável e mestre em Gestão Territorial pela Universidade de Brasília (UnB), e especialista em Planejamento Urbano e Regional pelo IPPUR/UFRJ. O economista também é presidente do Instituto Brasiliense de Estudos da Economia Regional (Ibrase) e foi eleito presidente da Associação Nacional das Instituições de Planejamento, Pesquisa e Estatística (Anipes) para o biênio 2016/2017.
Foto: Por Marcello Casal Jr./Agência Brasil - http://www.agenciabrasil.gov.br/media/imagens/2008/02/20/1145mc0222a.jpg/view/normal, CC BY 2.5 br, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3590294
COFECON
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