UM ESCLARECIMENTO INICIAL: uma assembleia geral em que a esmagadora maioria dos associados nem teve conhecimento da sua realização (participaram apenas 170 dos 630 mil associados)
Realizou-se no dia 29 de Dezembro de 2015, às 21 horas, no anfiteatro do Montepio, na Rua de Ouro, em Lisboa, a assembleia geral da Associação Mutualista- Montepio Geral em que podiam participar todos os associados. No entanto, o número de associados presentes na assembleia não ultrapassou os 170. E isto quando o Montepio tem 630 mil associados. Esta baixíssima participação, muito inferior à registada em assembleias anteriores, é bem um retrato da situação atual do Montepio e resulta, a nosso ver, de um conjunto de factos que merecem reflexão.
Em primeiro lugar, o facto da assembleia ter sido marcada pela administração do Montepio e pelo presidente da assembleia-geral, padre Melícias, propositadamente entre o Natal e o Ano Novo, portanto em plena época de festas. Em segundo lugar, o facto de tanto o conselho de administração como o presidente da mesa da assembleia-geral nada terem feito (muito pelo contrário) para que os associados tivessem conhecimento da realização da assembleia. E isto porque, embora o Montepio tenha uma revista que é mandada para casa de todos os associados, e um Newsletter que é enviado a dezenas de milhares de associados, e apesar dos nossos pedidos para que fossem utilizados na divulgação das assembleias gerais e do que nelas é tratado, continuou-se a não divulgar em nenhuma destas publicações do Montepio a realização das assembleias gerais. A assembleia de 29 foi apenas divulgada em dois jornais diários (e isto porque a lei obriga), que não são lidos pela maioria dos associados. Como aconteceu em assembleias anteriores, a maioria dos associados nem teve conhecimento da realização desta assembleia.
Portanto parece existir o propósito de afastar os associados das assembleias e da participação ativa na vida do Montepio para que estes não conheçam os resultados de uma gestão desastrosa e assim continuar a fazer o que se quer sem qualquer controlo. Fala-se muito em mutualismo, mas tudo se faz para afastar os associados. Não é desta forma que se promove o mutualismo.
Esta informação tem como base a intervenção que fiz na assembleia, e o seu objetivo é dar a conhecer aos associados que não puderam participar na assembleia de 29/12/2015 a situação atual do Montepio, o que me tem sido solicitado por muitos associados. E faço-o desta forma porque o atual conselho de administração me impede de o fazer nos órgãos próprios do Montepio (Revista e Newsletter) e não informa os associados sobre a situação.
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