Os livros sobre psicopatas se tornaram populares no Brasil. Veja-se os exemplos do "Serial Killers - made in Brazil" de Ilana Casoy, e "Mentes Perigosas - o psicopata mora ao lado" de Ana Beatriz Barbosa Silva.
Agora, os portais de notícias despejam uma enxurrada de novidades sobre o último caso que chamou a atenção dos brasileiros: os 39 homicídios praticados pelo vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, cujas vítimas foram mulheres, moradores de rua e homossexuais.
Personagens constantes em romances policiais de escritores renomados como Agatha Christie, Georges Simenon e Jeff Lindsay, os serial killers nunca saem do imaginário das pessoas. Autor dos romances "Testa de ferro" e "A Rocha", o escritor e psicólogo Carlos Böhm teceu alguns comentários a respeito do caso de Goiânia:
"As investigações apontam que o comportamento de Thiago era reforçado após cometer os crimes: sentia-se aliviado em relação à "raiva" da sociedade e das mulheres; colecionava recortes de jornais sobre as vítimas; e permanecia livre de punição devido ao seu modo eficaz de matar e escapar. Agora ele está preso e não pode mais matar, porém continua colhendo os "frutos" dos seus delitos: deu diversas entrevistas à televisão; está estampado em jornais e sites do mundo inteiro; pediu para a polícia fazer outra foto sua; e ganhou destaque em manchetes ao tentar suicídio na cela".
Para Böhm, seria precipitado inferir muitas coisas do caso apenas com base nas notícias. É necessário aguardar o encerramento das investigações policiais, a produção do laudo psiquiátrico, a estratégia da defesa, a acusação do Ministério Público e, por fim, a sentença judicial. No entanto, o enorme efeito midiático produzido pelo já apelidado Maníaco da Moto deixa claro que Thiago criou um personagem de si mesmo. Atrás das grades, ele terá sua vaidade afagada por muitos anos, pois entrou para o hall dos maiores serial killers do mundo.
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