Com a volta da Telebrás, cujo objetivo segundo seu presidente já nomeado, o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna nome pomposo -, fica talvez estabelecida a nova regra do jogo. Censura na internet.
Naturalmente o nome dado não foi este. Em entrevista ao G1, Santanna disse que a reativação da Telebrás faz parte de uma estratégia de defesa nacional. Para o futuro presidente da estatal, o governo brasileiro precisa ter maior controle sobre as comunicações. - Portal G1 de 6 de maio do corrente ano. Todos conhecemos bem estas palavras. Segurança nacional e controle das informações.
Controle das informações como? Nos moldes conhecidos pelas ditaduras. Um simples e-mail pode não chegar ao destino, conforme o que contenha. Se for considerado suspeito pela segurança, não é enviado.
O articulista está exagerando? Evidente que não, basta lembrar das inúmeras escutas telefônicas ilegais feitas por órgãos do atual governo, amplamente divulgadas pela mídia.
Estamos num rumo incerto. O governo acaba de fazer um acordo militar com os Estados Unidos. Deste protocolo sabemos apenas que serão vendidos muito aviões Super Tucano, de fabricação brasileira e que tropas americanas não podem usar o solo brasileiro sob nenhum pretexto. E mais nada!
Agora, esta grande novidade, que por mais seja explicada pelas autoridades, é sim censura nos meios de comunicação, internet incluída.
O povo não suporta mais este autoritarismo.
Já vivemos o regime militar, que descia a borduna e assunto encerrado.
E agora? O que nos espera? Boa coisa não é.
Jorge Cortás Sader Filho é escritor
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