Inventa o governo federal um decreto que pretende legislar sobre os direitos humanos.
Querem desmentir esta verdade, mas de fato a medida é altamente inconstitucional, pois transfere para o executivo poderes que são inerentes ao legislativo.
Que fatos são estes de revogar a lei da anistia, quando a candidata à presidência era terrorista que foi anistiada?
Até aonde quer se coibir a propriedade privada? Ninguém sabe ao certo. Especula-se que não será feita reforma agrária nos moldes corretos, com assistência do Ministério da Agricultura, do insuspeito e trabalhador Embrapa, órgão respeitado no Brasil e exterior, que pesquisa todos os modos os melhores e mais atuais métodos de desenvolvimento na indústria do campo.
Não existe infra-estrutura em local nenhum. Água, eletricidade, planejamento, enfim. A reforma agrária é uma necessidade que ninguém discute. Mas organizada, senão vira tomada de força das terras, o que não caracteriza a reforma no campo. A terra para quem nela trabalha, produzindo para si e para a nação.
Nestas horas, é preciso serenidade e bom senso. Querer tomar medidas estapafúrdias e popularescas é um erro dos mais graves.
Vários setores muito bem informados já estão prevendo uma volta ao regime militar, ainda que por pouco tempo, se esta desmedida atitude do governo federal persistir.
E eu, que não tenho nada com isto, pago as custas do processo.
Nós pagamos, como sempre.
Jorge Cortás Sader Filho é escritor
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