Como Presidente da União Africana, Joaquim Chissano vê aumentar consideravelmente seu prestígio. Não só soube conduzir seu país através de tempos difíceis, levando-o à paz, gozando de continuo crescimento económico e estabilidade, recebendo elogios da ONU e outros organismos mundiais, como também aparece no palco continental como figura central na resolução de crises. Uma figura de destaque.
O seu papel junto à União Africana e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa na hábil resolução da crise em São Tomé e Príncipe, deu relevo a Joaquim Chissano.
Não gastou tempo nenhum em condenar o golpe de estado no dia 16 de Julho e no dia seguinte, já estava convocada uma cimeira em Abuja, Nigéria, para encontrar uma maneira de ultrapassar a crise.
Realçando o facto que a legitimidade dum governo pressupõe o estabelecimento dum sistema eleitoral com normas claras para produzir resultados credíveis, Joaquim Chissano concedeu que um estado de direito tem a responsabilidade de utilizar os recursos nacionais para satisfazer as necessidades do seu país, nunca legitimando o cartão amarelo que o golpe deu ao governo de São Tomé, mas reconhecendo que não há assim tanto fumo sem fogo.
Dando relevo à importância de normas consensuais como resultado dum empenho político que represente toda a sociedade, Joaquim Chissano deu indicações da sua habilidade diplomática, posicionando-se como um dos principais jogadores políticos na actualidade no continente africano.
Bento MOREIRA PRAVDA.Ru MAPUTO MOÇAMBIQUE
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