Pesquisa Seade-Dieese divulgada hoje indica que, pela primeira vez neste ano, caiu o índice de desemprego total na região metropolitana de São Paulo, de 20,6%, em maio, para 20,3% da população economicamente ativa (PEA). A taxa de junho, porém, é a maior para o mês em 18 anos.
O recuo na taxa de desemprego total deveu-se a um número de empregos criados maior do que o de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho. O contingente de desempregados diminuiu em 12 mil pessoas. O nível de ocupação cresceu 1,3% de maio para junho, a maior alta desde junho de 1989, quando o crescimento foi de 1,5%.
De maio a junho foram criadas 96 mil ocupações, elevando o contingente de empregados para 7,645 milhões. Com a criação desses empregos, superou-se o número de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho em junho, que foi de 84 mil.
De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego total é a soma da taxa de desemprego aberto (forma mais conhecida) mais a taxa de desemprego oculto (por desalentou ou por trabalho precário).
Rendimento Outra boa notícia da pesquisa foi de que, pelo segundo mês consecutivo, o rendimento médio real dos trabalhadores aumentou. Foi uma alta de 0,7%, mas que já reflete os efeitos da redução da inflação. O rendimento médio real dos ocupados em maio ficou em R$ 897.
O aumento (1,1%) chegou a ser maior para os trabalhadores com carteira assinada, que ficaram com rendimento médio de R$ 993. Para os que não têm carteira assinada e trabalham no mercado informal, a alta foi maior, de 3,2% e o rendimento médio real ficou em R$ 644. Os autônomos, que acumulam a maior perda nos últimos 12 meses, a alta foi de 0,5% em relação a abril, com a renda média atingindo R$ 612.
No setor privado, o salário médio cresceu 1,7% entre abril e maio, ficando em R$ 906. Por setor, houve aumento de 1,5% no rendimento real dos trabalhadores da indústria e de 1,6% nos empregados em empresas de serviços. Apenas o comércio registrou ligeira queda, de 0,2%.
Na comparação com maio de 2002, no entanto, o rendimento médio dos trabalhadores acumula perda de 9,9%. Para os assalariados a queda é de 7,3%. Para os autônomos, de 18,8%.
Partido dos Trabalhadores
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