Os 20 mil quilômetros que separam o Brasil do Timor Leste não são barreira para que os dois países estreitem suas relações diplomáticas. A prova disso é que no mês passado um grupo de trabalho formado por técnicos do Ministério do Trabalho e Emprego visitou o país numa missão para coletar informações que possam subsidiar futuras ações nas áreas da economia solidária, microcrédito e empreendedorismo, observatório do mercado de trabalho e juventude.
Durante sete dias, os técnicos participaram de reuniões e promoveram seminários sobre os temas e agora estão elaborando um projeto para implementar atividades e programas que serão concretizadas, em breve, por meio da assinatura de um termo de cooperação técnica entre os dois países.
"O Brasil não está pedindo nada em troca, o objetivo é tão somente ajudar o desenvolvimento social do Timor", destaca a chefe da equipe do MTE, Adriana Giubertti. Além dela, participaram da comitiva o coordenador-geral do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, James Maxwell, o coordenador-geral de Fomento a Economia Solidária, Jorge Nascimento e o coordenador de Articulação e Empreendedorismo Juvenil, Alisson Araújo.
Segundo Adriana, embora o Timor esteja necessitando de consultoria e ajuda em todas as áreas tratadas na viagem, o Programa de Pesca Artesanal mereceu destaque, em virtude da localização do país - na parte oriental da ilha de Timor, na Ásia.
No itinerário, a comitiva visitou a Secretaria de Formação Profissional e Emprego, o Parlamento Nacional, o Instituto de Apoio e Desenvolvimento Empresarial (Iade), o Centro de Formação do Senai, o Instituto Nacional de Administração Pública (Inap), o Centro Dom Bosco, além de Liquiça, um dos distritos do país.
Atentados contra o presidente - A idéia de o Ministério do Trabalho e Emprego colaborar com o desenvolvimento do Timor Leste surgiu quando da visita do secretário-executivo, André Figueiredo, ao país. Ele esteve no Timor em fevereiro para participar da 8ª Reunião de Ministros de Trabalho e dos Assuntos Sociais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), quando o presidente Xanana Gusmão sofreu atentado contra sua vida.
"Meu compromisso e de outros colegas do governo que estiveram lá é de viabilizar uma ação internacional da qual o Brasil faça parte para que o Timor não dependa mais de esmolas", disse Figueiredo na época.
Mais informações: Secretário-executivo do MTE conta como foram os dias no Timor Leste
MTE
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