O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em encontro com empresários no Palácio do Planalto, que haverá pressão no Congresso de vários setores para evitar a aprovação da reforma tributária. "Ninguém está interessado em discutir as picuinhas deste País, a não ser quem está pensando nas próximas eleições", afirmou. Lula avaliou que a reforma tributária que o governo enviará ao Congresso deve ser tratada como uma profissão de fé pelos empresários e outros seguimentos. "Vamos para dentro do Congresso mostrar que quem vai ganhar com isso (a reforma) não é o governo Lula, não é o ministro Mantega, que não é candidato, nem o presidente Lula, que não é candidato a nada, mas o País", disse.
O presidente afirmou que se todos os congressistas mantiverem os discursos sobre reforma tributária feitos em campanhas eleitorais, certamente será possível aprovar a proposta. "A tarefa não é fácil porque existem outros milhares de grupos que vão pressionar e agir dentro do Congresso". Na avaliação do presidente, o Legislativo costuma aprimorar propostas do governo. "Nem sempre o Congresso piora as coisas que entram lá. Eles melhoram", afirmou. Pouco antes, o empresário Emerson Kapaz tinha alertado que a reforma corria o risco de ser fatiada no Congresso e virar um monstro.
Lula disse que empresários e trabalhadores devem encarar adversidades para evitar que a proposta de reforma tributária fique parada no Congresso. "Vai ser um exercício de boa vontade, de democracia e de convencimento. Certamente, essa reforma não é a ideal", disse. Lula, ao iniciar o seu discurso, lamentou a morte de três funcionários da Petrobras na queda de um helicóptero em alto mar, segundo Estadão.
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