Parte da história vem sendo assumida pelos seus atores centrais. Silvinho Land Rover, o play-boy suburbano do Partido dos Trabalhadores, comemorou a negociação conseguida junto à Justiça e estampou seu sorriso maroto de quem lucrou muito usando um pouco de sua boa e velha lábia.
Pelas benesses da Lei 9.099/95, Silvinho prestará serviços comunitários por três anos, não poderá deixar o país sem avisar a Justiça; não poderá freqüentar lugares suspeitos; terá que comparecer mensalmente perante a um juiz para informar e justificar suas atividades; ele não poderá exercer cargo público durante três anos; nem em comissão ou por meio de concurso público; só se for cargo eletivo.
Sabendo de tudo isso, da humilhação mensal a que está condicionado, Silvinho ainda declarou: Foi feita justiça. O resultado final [do acordo] é justo porque está previsto na lei. Estou muito contente com isso". Contente? Por que ?! Ele sabe muito bem do que, temporariamente, se livrou, mas a história é implacável com os néscios, ficará para a posteridade como um dos quadrilheiros.
Por outro lado, na badalada revista Piauí, o neoburguês José Dirceu, entre uma viagem internacional e outra, financiada pelas comissões ganhas pelo tráfico de sua influência junto ao governo brasileiro, fruto da prática ilegal e imoral do lobbysmo, esclarece por que resolveram adotar a prática mensaleira. Nas entrelinhas, Dirceu revela que o que ele queria desde o início do governo Lula era negociar com o PMDB e depois tratar com os partidos pequenos. Mas o presidente Lula determinou o contrário, e aí, deu no que deu. Dirceu pensava em uma corrupção no atacado; Lula, no varejo. O resto da história, todos nós já sabemos e está sendo esclarecida aos poucos.
Cavando mais um pouco da cova imoral aberta pelo PT na política nacional, Delúbio Soares, sem os barbitúricos dos primeiros depoimentos, além de colocar outros nomes da direção petista na roda do mensalão, assumiu, em depoimento à Justiça Federal, que recebeu carta branca da executiva nacional do partido para obter recursos e pagar as dívidas contraídas durante as campanhas de 2002. Para não dever favor político, o método usado foi o do bom e velho caixa 2 , ou seja, dinheiro ilegal, não declarado e transportados nos cuecões.
Na esteira dessas declarações, a verdadeira história, aquela que todos nós sabemos e que o presidente Lula nunca ouviu falar. Para ilustrar esse quadro, vale pincelar a frase de Delúbio, parte de seu depoimento: Dos problemas todo mundo sabia, eu não inventei essa dívida. (...) E as pessoas sabiam, todo mundo sabia do problema, apenas o fundador e eterno Presidente de Honra do Partido dos Trabalhadores é que nunca soube de nada!
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