Durante entrevista a emissoras de rádio do País o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, durante entrevista a emissoras de rádio do País, que quer que as pessoas sejam tratadas igualmente.
No entanto defendeu o foro privilegiado para governadores e presidentes da República e questionou privilégios a diplomados.
"Não acho que um governador, um presidente da República seja julgado em qualquer comarca desse País, é preciso que tenha foros, que cuide disso com carinho. Agora eu não acho que tenha que ter foro privilegiado para o cidadão que tenha o diploma universitário contra o que não tem".
O presidente disse que foi preso em 1981 e foi para uma cela com mais 16 detentos e "companheiros" advogados foram para celas especiais.
"Eu era mais importante no movimento sindical do que esses cidadãos que tinham diploma universitário", disse Lula.
"Um cidadão que rouba um bilhão e o cidadão que rouba um tostão, os dois roubaram. Mas os dois têm de ter um julgamento igual. Hoje o que rouba um bilhão tem mais possibilidade de defesa porque tem como contratar os melhores advogados do Brasil, e outro coitado não tem. Essa é a diferenaça básica", afirmou Lula.
PT
Lula repetiu hoje que "o PT não pode se curvar diante do debate da ética". "Pode ter igual, mas não tem um partido mais ético que o PT". "Se você tem uma instituição e, dentro dela, pessoas cometem erros, e os erros são julgados e as pessoas são condenadas, você separa o joio do trigo".
Mensalão
Lula afirmou que, no caso do mensalão, até agora não tem ninguém culpado nem inocentado. "Agora começou o processo, todos os procedimentos que devemos torcer que dê certo em um processo democrático".
Calheiros
Sobre o caso Ranan Calheiros, presidente do Senado, Lula afirmou que o processo não se encerra no Congresso Nacional. "Agora vai para o Plenário (...) mas não termina no Congresso Nacional, depois disso vai entrar o Ministério Público e a Justiça (...) como se espera em todo o processo democrático". "Temos um problema no Brasil que muitas vezes as pessoas são condenadas antes de serem julgadas", disse Lula.
CPMF
O presidente disse que o Brasil não pode prescindir de R$ 40 bilhões. "Isso está no Congresso Nacional que pode fazer uma programação para mudar a CMPF, mas não podemos prescindir disso. A CMPF é um imposto justo e fiscalizador, que fiscaliza, é possivelmente o imposto que mais dá visibilidade a qualquer percepção de sonegação no País. Se querem extinguir, que proponham outro no lugar".
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