A Polícia Federal brasileira prendeu ontem (20) nove pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas. Outros sete supostos membros do bando-dois são brasileiros e cinco colombianos foram presos no Uruguai em flagrante, com 500 kg de cocaína pura foram presos no último sábado. Entre eles Gustavo Duran Bautista, colombiano, proprietário de fazendas produtoras de frutas no Nordeste do país. As frutas eram utilizadas para camuflar o envio de cocaína para a Europa, de acordo com A Tarde Online.
A PF investigava a quadrilha há pouco mais de dois anos, mas a operação teve de ser desencadeada nesta segunda-feira devido à prisão de alguns membros da quadrilha no sábado, de acordo com o delegado Jaber Saadi, superintendente da PF em São Paulo.
Com mandados expedidos pela Justiça Federal, a PF apreendeu 12 veículos, um avião, um helicóptero, R$ 35 mil e US$ 45 mil. Bautista possuía um hangar no Campo de Marte onde ficavam as aeronaves , que foi lacrado pela PF.
Entre os locais onde a PF cumpriu os mandados está uma mansão no Morumbi, bairro nobre da zona oeste da capital, onde Bautista morava. Ele vivia há ao menos cinco anos no Brasil, de acordo com as investigações da PF. O suspeito de liderar a quadrilha é procurado na Bolívia por tráfico. Saadi disse acreditar que o país pedirá a extradição do preso.
De acordo com o delegado que coordenou a operação, Luiz Roberto Godoy, o Brasil era usado como um dos pontos de partida para o envio da droga, por meio de navios, para a Europa, principalmente para a Holanda. As embarcações saíam principalmente do porto de Santos (litoral de São Paulo).
Para exportar a droga os traficantes usavam as frutas, produzidas por ao menos cinco fazendas de propriedade de Bautista registradas em nomes de laranjas nos Estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.
As caixas transportavam as frutas com a droga em baixo. Possuíam dois fundos. Todos os tipos de frutas eram usadas, disse o superintendente da PF.
Documentos apreendidos na casa de Bautista devem ajudar a PF a identificar possíveis irregularidades nas empresas do traficantes, aparentemente com atividades regularizadas.
Acreditamos que esse tipo de traficante vem para o Brasil pela dimensão [do território], pela diversidade étnica e facilidade em adquirir bens, afirmou Godoy.
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