A Companhia do Metropolitano (Metrô) de São Paulo começou a demitir ontem 61 funcionários. São pessoas que, segundo a empresa, não compareceram ao trabalho na quinta e sexta-feira, durante a greve dos metroviários, e tiveram avaliação negativa até o mês de julho. Há casos de supervisores e comissionados demitidos. Para preencher as vagas, será criado concurso público para a contratação de 100 pessoas. Serão 60 supervisores de tráfego e 40 operadores de trem. Também haverá promoção de servidores de carreira.
O anúncio das demissões foi feito ontem à noite pela direção da empresa e vai de encontro ao que o governador José Serra (PSDB) havia dito no sábado em Agudos, no interior do Estado. Serra negou que tivesse mandado executar as demissões. "Ficam a critério da diretoria do Metrô", afirmou na ocasião. Mas, durante os dois dias da greve, o próprio governador já havia confirmado que grevistas seriam mandados embora. "Vamos ter que fazer demissões, é certo", disse, durante visita a Sorocaba na sexta-feira.
O governo decidiu manter a oferta de pagamento do plano de participação nos resultados àqueles que cumprirem metas preestabelecidas, com adiantamento de R$ 800 em setembro e o restante em 2008, escalonado por cargo. A direção do Metrô pretende formar ainda um grupo especial para atuar em situações de crise ou emergência. Deve ser constituído por 30 bombeiros e 300 supervisores de estação, que passarão por treinamento especial.
Esse grupo, que terá estrutura similar ao da Defesa Civil, terá capacidade de operar os sistemas de transporte de passageiros do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e dos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). A direção do Sindicato dos Metroviários se reúne hoje com o Metrô e só depois deve se pronunciar e anunciar medidas contra as demissões. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo
Fonte A Tarde On Line
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