Especialista Ricardo Molina, da Universidade Federal de Campinas, fez um laudo que contesta a versão do relatório da Polícia Federal que concluiu que o ex-assessor do Ministério de Minas e Energia, Ivo Almeida Costa, teria recebido R$ 100 mil da diretora da Construtora Guantama, Fátima Palmeira.
Fátima teria ido ao Ministério de Minas e Energia no dia 13 de março, quando foi filmada pelas câmeras do prédio entrando pelo acesso privativo do então ministro Silas Rondeau. Ela teria deixado o local acompanhada de Ivo Almeida, que carregaria nas mãos um envelope.
De acordo com a polícia, dentro do envelope estariam os R$ 100 mil. O dinheiro teria ido para Silas Rondeau, como pagamento de uma propina pela suposta ajuda para montar uma fraude no programa 'Luz para Todos', do governo federal, no Piauí, que teria beneficiado a companhia.
Segundo Molina, que fez a análise a pedido do próprio Costa, seria impossível o assessor carregar um envelope contendo esta quantia, pois ela produziria um volume que seria perceptível nas imagens gravadas. Além do mais, ressaltou, em nenhum momento Fátima foi vista carregando um envelope.
A PF não quis se manifestar sobre o laudo de Molina, que deverá ser usado na defesa de Ivo Almeida.
Ministro da Justiça defende Rondeau
O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou ter examinado cautelosamente os documentos do processo e diz não ter encontrado nada contra Rondeau.
"Não tinha nenhuma prova convincente, nenhuma prova indireta, nenhum conjunto de indícios que se forma uma prova de que ele seria culpado", disse.
Em depoimento à ministra Eliana Calmon, do STJ, no dia 30 de maio, Silas disse que conhecia Zuleido, mas afirmou que não havia registro de encontro com o empresário em seu gabinete.
No embalo do movimento pró-Silas surgiu a informação de que a própria PF produzira novo relatório para livrar o ex-ministro das acusações. A PF desmentiu a versão. A polícia sustenta que o relatório final é ainda mais contundente contra Silas.
Rondeau nega que tenha sido convidado a voltar ao ministério
O ex-ministro Silas Rondeau negou nesta sexta-feira que tenha sido convidado para voltar a ocupar a pasta de Minas e Energia, segundo informou o Blog do Noblat.
Ele afirma que não foi serquer sondado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre esta possibilidade e diz que só tratará do seu futuro profissional depois que o Ministério Público se pronunciar oficialmente sobre sua inocência.
Fonte Agência O Globo
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