Devem definir na terça-feira os funcionários civis do aeroporto de Cumbica em assembléia se a paralisação marcada para o dia seguinte realmente acontecerá ou se a greve nacional proposta pelo Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) será cancelada por conta do atendimento parcial de exigências deles pelo governo federal.
Os trabalhadores, que cobram uma reposição de perdas salariais de quase 34 por cento e reajuste de 8 por cento, entre outras demandas, dizem ter recebido uma contraproposta negociada na quinta-feira, com reajuste de 6 por cento e aumento de 50 por cento na contribuição para o seguro-saúde.
"A proposta está menos longe do que queremos. Mas uma decisão sobre se vamos parar só deve sair na terça-feira por causa do feriado de segunda-feira em São Paulo", disse Francisco Lemos, diretor do Sina. Ele acrescentou que está mantido o ato previsto para o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, no dia 9, às vésperas dos Jogos Pan-Americanos.
A greve prevista para a próxima quarta-feira pararia a partir da meia-noite 70 por cento dos funcionários civis do maior aeroporto da América Latina, em Guarulhos.
Segundo Lemos, membro do sindicato vinculado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), a decisão dos trabalhadores vai depender de um pronunciamento do Ministério do Planejamento em favor da contraproposta, que segundo ele é referendada pela Infraero, a empresa que administra os aeroportos brasileiros.
A assessoria de imprensa da Infraero afirmou que a negociação ainda está aberta e que uma solução definitiva deve ser tomada até o fim do dia para evitar a greve dos aeroportuários na semana que vem.
O transporte aéreo do país vive uma crise há mais de nove meses, com vários atrasos e cancelamentos em todo o país. A categoria dos aeroportuários inclui funcionários de pista, de limpeza e controladores de vôo civis, responsáveis pela aproximação e partida dos aviões nos aeroportos.
O controle dos vôos de cruzeiro é dos militares, que não participam dessa prometida paralisação.
Fonte Reuters
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter