O Comando da Aeronáutica não aceita entregar os equipamentos dos centros de controle do espaço aéreo, hoje sob a tutela da Força Aérea Brasileira (FAB), para um novo órgão civil. A justificativa dos militares é de que eles são responsáveis pela defesa aérea do país e precisam do sistema de radares e radionavegação para continuarem exercendo sua missão constitucional.
O assunto dominou parte da reunião do Alto Comando da FAB, que aconteceu no sábado (31). E, embora ainda dependa de um aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é ponto de honra para os oficiais. Atualmente, o sistema é compartilhado. Ou seja: os mesmos radares e sistemas de radionavegação utilizados para a defesa do espaço aéreo nacional servem ao controle do tráfego aéreo civil.
A FAB só restringe o acesso a dados considerados sigilosos. Dentro do centros de controle (Cindactas), existem duas salas distintas - uma reservada à defesa e outra ao controle do tráfego civil. Se o governo quiser, pode manter do jeito que está, diz Eno Siewerdt, especialista em controle de tráfego aéreo.
Apesar de ser tecnicamente viável, a solução desagrada os oficiais da FAB. Eles não aceitam mais conviver com controladores civis, muito menos com aqueles que participaram do motim na noite de sexta-feira (30).
Fonte G-1
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