Na sexta-feira o presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono decidiu fechar a fronteira entre a Indonésia e Timor-Leste na sequéncia da violéncia que se tem vindo a verificar na ex-colónia portuguesa.
«Por agora vamos fechar a nossa fronteira, excepto em caso de emergéncia - e mesmo nestes casos apenas a abriremos em coordena зг o com Timor-Leste», afirmou Susilo Bambang Yudhoyono ao jornal «Kompas».
A situação de insegurança que se vive em Timor-Leste desde Abril, e que hoje teve novos desenvolvimentos com tiroteios dispersos por vários locais da capital, agravou-se nos últimos três dias.
Na quinta-feira, a cidade de Díli e os arredores da capital foram palco de escaramuças entre as forças armadas timorenses e militares revoltosos e efectivos da polícia nacional, de que resultaram vários mortos e feridos.
O chefe de Estado indonésio acrescentou ainda que entende a razão de Timor-Leste não ter pedido ajuda а Indonésia. «A comunidade internacional e a população de Timor-Leste poderiam não acolher bem a presença da nossa polícia e dos nossos soldados», concluiu.
Entre as tropas de reforços não há indonésios. As autoridades do país evitam a intromissão no território que ocuparam durante 24 anos, até o plebiscito de independência, de 1999.
Entre 1975 e 1999, os indonésios, que durante 24 anos ocuparam o território, mataram entre cem a 200 mil timorenses, tendo sido depois responsáveis por mais 1400 mortes e a destruição de 80 por cento das infra-estruturas do país nos distúrbios causados após o referendo de 1999.
"Além de motivos de segurança, o fechamento da fronteira é para evitar a possibilidade de prejudicar a imagem da Indonésia", declarou Yudhoyono ao jornal "Kompas".
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