No rescaldo da onda de violência que provocou a morte a 170 pessoas, e quando São Paulo já regressava à tranquilidade, o líder do Primeiro Comando da Capital, Marcos Camacho, disse numa entrevista a um canal de televisão brasileiro que o seu grupo iria voltar a atacar em breve.
As declarações reacenderam o barril de pólvora em que São Paulo estava transformado. Sete autocarros foram incendiados, só nas últimas 24 horas. As autoridades brasileiras fizeram entretanto um novo balanço dos recentes acontecimentos em São Paulo. Os dados indicam que 170 pessoas foram mortas depois dos vários motins prisionais, ataques a postos da polícia, tribunais e estações de autocarros, um pouco por toda a cidade.
De acordo com a imprensa brasileira, das 170 vítimas mortais, 107 são suspeitas de pertencer à organização criminosa. A polícia justifica o massacre como uma resposta aos ataques dos criminosos, mas algumas testemunhas acusam as autoridades de disparar contra pessoas desarmadas. Um membro da Câmara dos Representantes terá sido entretanto detido por suspeitas de ter feito chegar às mãos erradas a informação que se acredita estar na origem do pior braço-de-ferro de sempre entre criminosos e a polícia na cidade de São Paulo.
Arthur Vinicius Silva terá conseguido gravar as declarações de dois elementos da polícia brasileira ao Departamento de Investigação de Crime Organizado. De acordo com as autoridades brasileiras, Arthur Silva vendeu a gravação aos advogados de Marcos Camacho, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), o gangue que estará por detrás da onda de violência em São Paulo. Nas cassetes que terão chegado às mãos de Marcus Camacho, os polícias falavam da eventual transferência do líder e de outros 750 presos para uma cadeia de alta segurança remota. O líder do PCC terá depois orquestrado uma série de ataques a partir da prisão.
Segundo "SIC"
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter