Durante um fim de semana marcado por sugestões de grandes investimentos, reunindo personalidades do porte de Eliezer Batista, Erling Lorentzen, Jonice Tristão, Michel Frey, Arthur Carlos Santos e em especial o Governador Paulo Hartung, foram discutidos detalhes e opções, revestidos de arrojo e alta tecnologia, voltados para um projeto ambiental cujas bases já foram iniciadas em outras áreas do Estado, sob coordenação do Instituto de Bio-Diversidade.
O oportuno empreendimento, apresentado a grupo empresarial suíço, liderado por Bill Schmittheiny, velho amigo de Eliezer e Lorentzen, teve suas linhas defendidas por André Simões, do IBI, causando boa repercussão por representar um desafio e oferecer sustentação para um projeto de reflorestamento no padrão de terceiro mundo. Bem, mas isto é um assunto que ainda está sendo objeto de estudo e avaliação e deve, prioritariamente, ser guardado a sete chaves.
No curso do fim de semana, durante almoço reunião oferecido pelo empresário Lorentzen, ouvimos a decisão corajosa e oportuna do Governador Paulo Hartung, sobre sua intenção de dar total prioridade a um projeto cultural que está fadado a resgatar a longa temporada de sonhos e omissões do passado.
Cresce dentro do processo a decisão do Governador, que visa transformar o primeiro andar do Palácio Anchieta num memorial de cultura e desenvolvimento do Espírito Santo, dando às atuais e futuras gerações a oportunidade da pesquisa e da valorização do nosso patrimônio.
Também anunciou o Governador que patrocinará uma noite de autógrafos do livro Conversas com Eliezer , obra que resgata a história da CVRD, da Vitória Minas e Carajás, além de traduzir o ciclópico volume de entendimentos internacionais e nacionais para viabilizar o Porto de Tubarão, as usinas de pelotização, a siderurgia e as ferrovias do complexo de exportação sonhado por Eliezer. É uma luta que precisa ser do conhecimento do país e, de modo particular, dos capixabas .
Mas, o Governador não vai parar por aí. Já está programando a reedição de várias obras, com destaque para a História do Espírito Santo, de José Texeira de Oliveira, considerada a mais completa obra sobre o nosso Estado. Na sua próxima edição será revista e ampliada para manter um nível de atualização compatível com o atual estágio de administração e desenvolvimento sócio-cultural capixaba .E, outras boas obras destacou o Governador estarão na esteira de decisões e seleção, inclusive com reflexos setoriais sobre outros segmentos culturais, compondo um acervo que dará vida ao museu e memorial do Espírito Santo.
Revirando as nossas lembranças, via de regra objeto de artigos e sugestões, quero me permitir levar ao Governador a necessidade de ser estudada e implantada numa das áreas do memorial, um museu da imagem e do som, para que possamos, ainda, gravar depoimentos históricos e imagens que foram importantes referenciais no tempo e no espaço.
No circuito dos lembretes feito pelo Governador, inúmeras são as obras programadas como prioridades, sem esquecer os valores atuais, formando um conjunto de ontem e hoje, na carinhosa e utilitária homenagem que o Governo tributará às nossas raízes culturais, compondo a sinfonia história do passado, do presente e do futuro.
Temos que entender que o Espírito Santo está mudando de escala e precisa se livrar de um complexo tímido e acomodado que durante muitos anos marcou o comportamento de seus dirigentes, suas lideranças e seu povo.
A hora de virar a página da história é agora.
J.C.Monjardim Cavalcanti jornalista Ex-Secretário de Comunicação Social [email protected]
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