22/11/2014, em Truthdig, vídeo e excerto transcrito da fala [aqui traduzido], 6"08'
(Na cerimônia em que Le Guin recebeu a Medalha de Honra por sua Contribuição às Letras nos EUA, na 65ª. edição anual National Book Awards)
"Acho que vêm por aí tempos difíceis, quando todos desejaremos ouvir a palavra de escritores que vejam caminhos à frente, além e adiante do que vivemos hoje, e possam ver através da nossa triste sociedade trêmula de medo e de suas obsessivas tecnologias, e vejam lá outros modos de ser, e consigam imaginar fundamentos firmes para alguma esperança."
"Escritores são criadores de realidade, não produtores de mercadorias para o mercado."
"No futuro, precisaremos muito de escritores que ainda consigam relembrar como foi a liberdade. Poetas, visionários - os realistas de realidade muito maior."
"Vivemos no capitalismo. O poder do capitalismo parece inescapável. O poder divino dos reis também parecia."
"Os seres humanos são capazes de resistir contra qualquer poder humano. Os seres humanos podem mudar qualquer poder humano."
"A resistência e a mudança muitas vezes começam na arte, e muito frequentemente começaram na nossa arte - na arte das palavras."
Ursula K. Le Guin, autora de ficção científica,[1]
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[1] Títulos dessa autora, traduzidos ao português, encontráveis hoje na Livraria Cultura, SP: LE GUIN, Ursula K., A Mão Esquerda da Escuridão, São Paulo: Ed. Aleph, 2014 (2ª. Ed.); ______, A Praia Mais Longínqua; Lisboa: Presença, 2003 (1ª. Ed.); ________, Os Túmulos de Atuan, Lisboa: Presença: 2002 (Lit. infantil) [NTs].
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