Nesta terça-feira (10), o atual governo paraguaio, comandado por Federico Franco, afirmou que não tem intenções de instalar uma base militar estadunidense em seu território, tal como levantado na semana passada pelo deputado José López Chávez.
O ministro de Relações Exteriores paraguaio, José Félix Fernández, promoveu uma conferência para desmentir a intenção. "Em nome do governo nacional me vejo obrigado a desmentir essa possibilidade", disse, assegurando que "não existem planos oficiais neste sentido" e que "não existe nenhuma conversação a respeito" do assunto.
Chávez, no entanto, havia declarado que representantes do Pentágono visitaram o Paraguai dias após o golpe parlamentar que resultou na destituição de Fernando Lugo da presidência do país, conforme divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo. Os militares estadunidenses teriam ido a Assunção para conversas sobre programas de cooperação.
De acordo com o López Chávez, a ideia seria instalar a base no vilarejo de Mariscal Estigarribia, perto da fronteira com a Bolívia. O deputado justificou o pedido sob a alegação de que a Bolívia está realizando uma corrida armamentista e que o Paraguai precisa proteger essa área pouco povoada do país.
Na segunda-feira (9) antes do pronunciamento do governo, o ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, classificou de "esdrúxula" a possibilidade de instalação de uma base militar dos Estados Unidos no Paraguai.
"Eu não sou ministro das Relações Exteriores, mas seria uma coisa tão esdrúxula que resultaria no isolamento a tão longo prazo do Paraguai que acho que não vale a pena. Não creio que ocorrerá", afirmou Amorim.
Da Redação do Vermelho
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