A Lei de Acesso à Informação desclassificou documentos que mostram que a USAID (Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional) modificou contratos e investiu mais de 2,3 bilhões de dólares para propaganda contra Cuba desde 1999.
Segundo os contratos da agência com a organização CubaNet site com sede em Miami contra a Revolução Cubana e um dos parceiros da USAID os Estados Unidos bancaram jornalistas na ilha para difundir informações distorcidas, divulgando até mesmo dados falsos com o objetivo de convencer a opinião pública internacional contra o governo cubano.
Desde a Revolução Cubana, os EUA promovem uma campanha de agressão contra a ilha caribenha. Nos últimos anos, porém, as ações foram intensificadas com o aumento de investimentos de 98 mil dólares, em 1999, para 20 milhões de dólares previstos para 2010.
O CubaNet, um dos principais parceiros da agência norte-americana, surgiu em 1994, e desde então faz da internet um novo campo de bombardeio a Cuba. Em parceria com a NED (sigla em inglês para Fundação Nacional para a Democracia), organização privada que se diz a serviço da democracia nas Américas, o USAID financia declaradamente o CubaNet alegando apoiar um programa para expansão de um site de jornalistas independentes em Cuba, segundo o contrato.
Além disso, os documentos prevêem o controle da USAID sobre as contratações de funcionários, sobre o plano de trabalho e exige um relatório trimestral de progresso e atividades realizadas, o que explicita a intervenção direta da agência norte-americana sobre o site que, em sua própria página, se diz uma organização apartidária, dedicada a promover a imprensa livre em Cuba, impulsionar o setor independente a desenvolver um sociedade civil e informar ao mundo a realidade do país.
Tais ações vão contra a própria lei norte-americana que apresenta restrições no envio de dólares para Cuba, proíbe a divulgação de propagandas financiadas pelo governo e a utilização destas informações nos meios de comunicação do país.
Em um documento datado de 19 de abril de 2005, fica explícito que o site não limita seu trabalho ao território cubano: o CubaNet continua publicando reportagens e promovendo sua disseminação nos meios de comunicação de massa nos EUA e na imprensa internacional, diz um dos relatórios.
O mesmo arquivo mostra que foi autorizado o envio de fundos privados que não pertenciam a USAID para a ilha naquele ano . Diante da restrição do Departamento do Tesouro de Washington, o documento afirma que os fundos privados foram escondidos dentro da autorização concedida a agência estadunidense para financiar o site.
Alguns documentos estão disponíveis abaixo:
Contrato original entre USAID e CubaNet
Modificação do contrato USAID-CubaNet em 2005
Modificação do contrato USAID-CubaNet em 2007
Fonte: Opera Mundi
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=56d326d8139f904b679084778f1b3285&cod=5747
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter