Camaradas:
Ao celebrar 45 anos de resistência contra a agressão oligárquica e ao mesmo tempo de luta das FARC - EP pelo poder político que construa democracia com justiça social e soberania para avançar rumo ao Socialismo, faço-lhes chegar minha saudação bolivariana plena de otimismo e confiança no triunfo.
A heróica resistência que desenvolvemos desde o primeiro dia de luta guerrilheira em Marquetalia, forjou uma Organização sólida, definida em sua concepção revolucionária, séria, capaz de enfrentar as inúmeras ofensivas da reação guerrerista e sair delas fortalecida e convencida de que ante a violência, corrupção, indignidade e ausência de escrúpulos da classe dominante colombiana, o levante armado popular é a opção legítima.
Nossos persistentes esforços por encontrar saídas políticas benéficas para o conjunto da sociedade e, em primeiro lugar, para o povo colombiano, têm sido burlados sistematicamente pela oligarquia sanguinária, que só tem pretendido curvar nossa vontade e decisão de luta sem haver considerado jamais a possibilidade real de acordar saídas, distintas à guerra, que resolvam os grandes e graves problemas do país.
Apesar disso, continuaremos lutando no espírito e a visão de Manuel e Jacobo, por forjar espaços de encontro com todos aqueles que como nós, estejam profundamente convencidos do transcendente que será construir cenários civilizados de diálogos cimentados no mútuo respeito e na perspectiva da convivência democrática de nossa sociedade.
A palavra de ordem é a Troca de prisioneiros de guerra, rechaçada sem fundamento válido algum pelo presidente Uribe que insiste na sua absurda e cega estratégia fascista e totalitária de PAZ ROMANA, que derrotaremos entre todos os que que consideramos viáveis as soluções políticas a serem aplicadas aos problemas estruturais do país.
Sua intransigência e falta de grandeza, tão aplaudida pelos militaristas de todos los matizes, leva-o a se atravessar na caprichosa e raivosa atitude de buscar impedir a libertação unilateral do cabo do exército, Pablo Emilio Moncayo, entretanto centenas de combates que diariamente se apresentam em todo o país, aumentam os riscos para os prisioneiros e são feitos prisioneiros mais militares, os quais gostaria o governo de esquecer para não reconhecer a existência do grave conflito social e armado que sofre nosso país.
Reafirmando os princípios revolucionários que sustentam a concepção e a prática das FARC - EP desde há 45 anos, assim como nossa decisão de chegar até as últimas conseqüências pela pátria democrática, justa e soberana pela qual lutamos, saúdo com sincero afeto neste aniversário, meus Camaradas do Secretariado, do Estado Maior Central, os Estados Maiores dos Blocos e Frentes, os integrantes dos Comandos Conjuntos, Comandos de Colunas, redes urbanas e Companhias, todas as guerrilheiras e guerrilheiros, milicianos e militantes do PC3, todo o Movimento Bolivariano, nossos amigos e apoios de dentro e for do país.
A todos os convido a perseverar e incrementar os esforços e criatividade na luta diária, nas trincheiras, trilhas, veredas, cárceres, universidades, colégios, sindicatos, fábricas, bairros populares e cabildos indígenas, nas distintas reuniões dentro e fora do país, com governos amigos ou com organizações e movimentos políticos, nas assembléias,nas mobilizações populares, no alto das cordilheiras, nas zonas costeiras ou nas inclementes planícies de nossa geografia pátria, no posto de vigia ou na marcha, no cassino, na aula de estudo ou na dureza do ordem aberto, no tratamento de uma malária ou na recuperação de uma ferida, no pátio de formação, ou na expectante espera do inimigo em uma emboscada, no conhecimento perfeito do terreno, na procura do inimigo para assaltar-lo e vencer-lo, no cruze de nossos caudalosos rios, no rigor e a transparência de uma reunião de célula ou na intensidade do combate, em todo momento e ante qualquer situação, onde a luta tem-nos colocado e na responsabilidade que nos haja correspondido, os convido a agir com a firmeza, o caráter e a responsabilidade com as quais lutaram Manuel, Jacobo, Raúl, Nariño, Iván e todos aqueles que deram o melhor de si próprio por uma Colômbia Socialista. Evocar a Simón Trinidad, Iván Vargas, Sonia e todos os guerrilheiros presos no território nacional, como exemplo de valentia revolucionaria, até nas mais adversas circunstâncias.
Tanta propaganda oficial enganosa e espúria contra nós, tão intensa luta ideológica por desvirtuar nossa conduta é só resultado do ódio e o medo que professa a oligarquia aos interesses populares que representamos e, sua plena consciência, que as FARC - EP somos a verdadeira alternativa revolucionária. Porque hoje, mais do que nunca: " Manuel vive!.
Pela Nova Colômbia, a Pátria Grande e o Socialismo!
Temos jurado vencer e venceremos!
Revolucionariamente,
Alfonso
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