Campesinos e indígenas pobres realizarão marcha de 127 km em Guatemala caminho durante 4 dias para denunciar a discriminação, marginalização e pobreza em que vivem, marcando o 30º aniversário de uma entidade onde militou a Prémio Nobel da Paz, Rigoberta Menchú.
"O ponto de partida será este sábado no quilómetro 127 da carreira Interamericana até a cidade capital. Vamos sair com umas mil pessoas, mas à cidade chegaremos uns 15.000", afirmou o dirigente do Comité de Unidad Campesina (CUC), Daniel Pascual.
A marcha, denominada 'Grito por la madre tierra', servirá para reafirmar que na actualidade persistem as precárias condições que existiam quando surgiu o CUC em 1978, afirmou.
Entre essas condições, mencionou o modelo agro-exportador "de matéria prima construído sobre os ombros indígenas e campesinas ao longo de 500 anos, acumulação e concentração de terra em poucas mãos, a discriminação, desemprego, maus tratos e condições miseráveis e salários de fome".
"Segue a opressão contra os povos indígenas, a permanente discriminação e racismo estrutural que se reflectem na pouca inversão em saúde e educação, a desnutrição e pobreza extrema nos departamentos onde predomina a população indígena", lamentou.
Em Guatemala mais de 50% dos 13 milhões de habitantes vivem em pobreza, embora está más acentuada entre os indígenas, que representam 42% da população.
Fonte: TeleSUR - Afp / AV
Tradução: Cristina GARCIA
PRAVDA.Ru
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