O presidente venezuelano Hugo Chávez com um tom que teve o amargo sabor de reproche anunciou ontem (06) a seus seguidores que deixará o governo em 2013, quando termina seu atual mandato. "Uma coisa são os gritos e outra é a realidade. A reforma não foi aprovada e terei de sair do governo em 2013. Vou trabalhar sem descanso até o último dia", disse, durante um fórum na capital Caracas.
"Vocês têm uma dívida comigo, vocês dirão se me pagam ou não. Vocês têm uma dívida comigo, com a pátria e com o futuro", gritou aos seguidores que o assistiam. "Não importa se ao final eu fique com quatro ou cinco revolucionários. Não quero revolucionários de meia-tigela", disse Chávez.
Para Chávez, a vitória do "Não" no referendo de domingo com 50,7% dos votos se deveu a uma "chantagem", segundo a qual uma onda de violência seria desatada se o "Sim" ganhasse. "Não viram o presidente dos Estados Unidos celebrando a vitória do Não?", perguntou à multidão.
O caudilho, no entanto, não desistiu de implantar suas mudanças constitucionais. Ele garantiu que tentará novamente, agora convocando o referendo por meio de abaixo-assinado. Assim, a proposta pode ser apresentada pelo Congresso, pelo presidente ou por 5% dos eleitores. "Um revolucionário não procura desculpa", concluiu.
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