A leitura da sentença mais esperada na história de Espanha começou hoje (31) com polémica. Dezenas de familiares das vítimas de atentados do 11-M que queriam assistir o processo se rebelaram quando não lhes foi permitido entrar na sala do julgamento por falta do espaço.
Após a conversa entre o presidente da sala Javier Gómez Bermúdez e manifestantes mais 25 pessoas conseguiram subir à sala, escreve El Mundo.
A sentença pelos atentados do 11-M (de 11 de Março de 2004, em Madrid) absolveu de todos os cargos sete dos 28 acusados entre eles Rabei Osman Sayed , ou Mohamed O Egípcio, sobre que pesava a acusação de autor intelectual dos atentados , entre outras, e para quem a Promotoria pedia 38.952 anos de prisão.
A sessão iniciou-se às 11:32 locais o presidente do tribunal, Javier Gómez Bermúdez, ladeado pelos juízes Alfonso Guevara e Fernando García Nicolás, a tecer um resumo dos factos do dia 11 de Março de 2004.
As dez explosões que atingiram quatro comboios suburbanos da capital espanhola, de forma quase simultânea, causaram a morte de 191 pessoas e 1841 feridos.
Além dos acusados - 18 dos quais se encontram em prisão preventiva - estão presentes os seus advogados de familiares das vítimas.
O Egípcio conheceu a sentença através de videoconferência, uma vez que, depois do julgamento de Madrid, regressou a Itália para acabar de cumprir uma condenação por pertencer a uma organização terrorista que lhe foi imposta neste país.
A instrução do processo prolongou-se por três anos, tendo o julgamento durado quatro meses e meio de julgamento.
O tribunal condenou a mais de 40.000 anos de prisão Jamal Zougam e Otman El Gnaoui como autores materiais. Segundo imprensa espanhola, O Egípcio chorou ao terminar ouvir a sentença.
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