Segundo o Correio Da Manhã num artigo publicado, escreve o seguinte: A 36 pences por minuto, ou seja cerca de 100 escudos na moeda portuguesa da época, o diário britânico The Sun ofereceu aos leitores, em Agosto de 1992, a possibilidade de ouvirem gravações de telefonemas privados de Diana com o seu amigo James Gilbey e de Carlos com a amante Camilla-Parker Bowles.
Foi um negociozão. Se a conversa da princesa, com uns queridos e queridas pelo meio, não ia além de algum choro e a preocupação de não engravidar, o diálogo do casal hoje legitimado com casamento abundava de mau gosto com declarações de amor misturadas com pensos higiénicos e desejo explicito manifestado em dentro e fora. As transcrições dos telefonemas arrasaram o herdeiro do trono, mas o correr do tempo acabou por lhe trazer o perdão por esquecimento. Actualmente fala-se muito na forma como recuperou uma imagem de dignidade e sobreviveu à idolatria de Diana, mas há 15 anos só os negociantes das conversas sexuais ao telefone tinham motivos para dizer bem dele.
O livro de Tina Brown é muito compreensivo com as atitudes do príncipe Carlos, mas nem por isso deixa de recordar algumas transcrições assassinas:
Camilla És terrivelmente bom a descobrir o teu caminho
Carlos Oh pára. Eu quero-te sentir como se descobrisse o teu corpo todo, de cima até abaixo e dentro e fora
Camilla Oh!
Carlos especialmente ir dentro e tirar.
Camilla Oh! É isso mesmo que eu preciso neste momento.
E mais adiante:
Camilla eu não suporto uma noite de domingo sem ti.
Carlos Oh, Deus.
Camilla Não consigo começar a semana sem te ter.
Carlos E eu? O problema é que preciso de ti várias vezes por semana.
Camilla Mmm. Eu também. Eu desejo-te toda a semana, a toda a hora Oh querido, oh. Eu quero-te absolutamente agora mesmo.
Carlos Já.
Camilla Mmm.
Carlos Também eu.
Camilla Ai, desesperadamente, desesperadamente, desesperadamente.
Em comparação com estes arrebatamentos de prazer sexual que, além de render bom dinheiro ao The Sun, provocaram um crescendo de procura dos números de telefone eróticos e inspiraram romances de sexo por telefone, percursores da actual moda do cybersexo, a conversa de Diana com o seu amigo de juventude James Gilbey, dono de stands de automóveis e que lhe vendeu o primeiro carro, não passa de um desfiar de lamentações mútuas:
James Eu choro quando tu choras.
Diana Eu sei. És um querido.
Ou ainda:
James Já não me masturbo há quarenta e oito horas. Há quarenta e oito horas
Diana Ah . Hoje vi o EastEnders na televisão.
E finalmente:
Diana Eu não quero ficar grávida.
James Querida, isso não vai acontecer, está bem?
Diana Sim.
James Não penses nisso. Isso não vai acontecer, querida, tu não vais ficar grávida.
CARLOS DISCUTE COM CAMILLA POR FALTA A SUFRÁGIO
O príncipe herdeiro ficou furioso com Camilla por ela decidir não estar presente no sufrágio da próxima sexta-feira pelos dez anos da morte de Diana. Os dois tiveram uma discussão violenta, como nunca se vira, antes ou depois do casamento em Abril de 2005 e só a intervenção da rainha Isabel II serenou os ânimos. Carlos não só desejava como queria absolutamente ter a sua segunda mulher a seu lado na cerimónia organizada pelos filhos, William e Harry, na capela de Wellington Barracks junto de Buckingham. Era-lhe indiferente que uma sondagem do Sun referisse que 91% dos britânicos está contra a presença de Camilla. Com o avanço e recuo, a imagem do casal sofreu um grande rombo.
DUELO DURO NAS COLUNAS DOS JORNAIS (Segredos de Diana)
O magnetismo mediático de Diana não chegou para ganhar a batalha nos jornais. A partir do anúncio da separação, Carlos mobilizou os seus fiéis da escrita que desancaram fortemente na rejeitada. Ela estava habituada a vencer com a fotogenia à medida da sua beleza de mulher alta, elegante, loira e de olhos azuis claros, mas faltava-lhe gente capaz de traduzir os trunfos em artigos de opinião. Foi tremendo e Andrew Morton, autor de Diana - A Verdadeira História receou que ela negasse tudo.
Sobre Diana, parece que o sogro chegou a afirmar que ela era uma infiltrada da mentira e da falta de vergonha para acabar com a monarquia. Mesmo se não o disse, para as hostes da imprensa conservadora era isso que se passava. O Daily Telegraph e a revista Spectator colocaram-se totalmente ao lado de Carlos e atacaram de forma implacável. Valeram todos os insultos para qualificar o comportamento de Diana e amigos. Andrew Morton passou a personagem dos esgotos, impróprio até para tocar piano num bordel.
A princesa Diana tão frágil noutras ocasiões anteriores resistiu. Como por nada queria que se chegasse ao divórcio revelou contenção. Os amigos falaram por ela. Quando foi acusada de mentir sobre as tentativas de suicídio que seriam quedas acidentais, James Gilbey esclareceu: A princesa discutiu comigo várias tentativas de suicídio. Fez o mesmo com outros amigos que a ajudaram.
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