Neste sábado tem inicio a 43ª Conferência de Segurança de Munique o mais importante fórum de segurança do mundo. A chanceler alemã, Angela Merkel abriu a conferência pedindo ajuda para a solução dos conflitos e problemas que o planeta enfrenta, entre os quais ressaltou o problema de aquecimento global, o crise no Oriente Médio, a guerra no Afeganistão e a ameaça nuclear iraniana.
Merkel sublinhou que o aquecimento global causará a fuga de milhões , e provavelmente, guerras. É uma ameaça global que deve ser considerada como principal e emnfrentada pelo comunidade internacional, disse Merkuel.
Recém-chegada de uma viagem pelo Oriente Médio, Merkel comentou que palestinos e israelenses têm direito a uma vida sem medo, terror e violência, e que seus respectivos líderes devem se esforçar para solucionar um problema que se arrasta há décadas.
Nesse sentido, classificou como um "passo em boa direção" a nova trégua alcançada em Meca (Arábia Saudita) entre o Hamas e o Fatah, as duas maiores facções palestinas.
Merkel ressaltou que é preciso comemorar especialmente o fato de a solução do conflito entre ambos os grupos ter "partido de uma iniciativa da própria região". Ela também parabenizou as autoridades sauditas pelo êxito de sua mediação.
A chanceler alemã comentou que o chamado Quarteto de Madri, integrado por Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU, voltará a se reunir em breve para tentar resolver o conflito entre palestinos e israelenses. Além disso, ela reforçou a preocupação dos países da região com o programa nuclear do Irã e exigiu às autoridades de Teerã maior transparência e cooperação com a comunidade internacional.
Merkel também lançou advertências veladas ao Irã e à Síria por seu envolvimento no conflito do Líbano e ressaltou o papel que a Otan precisa desempenhar na guerra em curso no Afeganistão.
A chanceler alemã abriu os debates do encontro, que termina amanhã. Entre os participantes, estão o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o secretário americano de Defesa, Robert Gates.
O presidente russo, Vladimir Putin, ao discursar depois de Merkel acusou os EUA de encorajarem outros países a adquirir armamento nuclear devido ao seu «quase incontido» uso da força no mundo.
«Estamos a testemunhar um quase incontido hiper uso da força nas relações internacionais», disse Putin, na 43ª Conferência de Segurança de Munique, a mais importante reunião sobre segurança do mundo.
«Os EUA ultrapassaram os limites das suas fronteiras nacionais em todos os sentidos», acrescentou.
Sem se referir especificamente às guerras no Iraque ou no Afeganistão, Putin rejeitou que a União Europeia ou a Nato tenham o direito de intervir em regiões em crise.
«O uso da força legítimo só pode ser feito pelas Nações Unidas, que não podem ser substituídas pela UE nem pela Nato», disse.
Da Conferência de Segurança de Munique participam o presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, o alto representante Política Externa e Segurança Comum da UE, Javier Solana, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jaap de Hoop Scheffer , a ministra de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni. No encontro, ainda é aguardada a chegada do secretário do Conselho de Segurança Nacional iraniano e principal negociador nuclear do país, Ali Larijani.
Com Agências
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