Os 150 países da Organização Mundial do Comércio (OMC) defenderam nesta quarta-feira (31) a retomada completa das negociações de livre comércio da Rodada de Doha, suspensas há seis meses devido às divisões entre os membros.
"Então, voltemos às negociações em Genebra", disse Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, a embaixadores no primeiro encontro do órgão desde que as principais potências concordaram em Davos, na última semana, que é hora de retomar as conversações.
"Ninguém discordou", afirmou um alto funcionário de comércio após uma reunião a portas fechadas de embaixadores do setor para discutir os acontecimentos recentes, incluindo o resultado do encontro ministerial no resort nos Alpes Suíços.
"As condições políticas estão mais favoráveis para a conclusão da rodada do que estiveram durante muito tempo", disse Lamy aos embaixadores.
As negociações da OMC para reduzir as barreiras comerciais foram interrompidas por Lamy em julho após o fracasso das grandes potências em quebrar o impasse sobre a questão politicamente sensível do comércio agrícola.
No entanto, uma série de encontros nas últimas semanas - principalmente sessões bilaterais entre os principais países e blocos comerciais, como os Estados Unidos, Brasil, União Européia e Japão - trouxe sinais de flexibilidade.
Líderes políticos como o presidente norte-americano, George W. Bush, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel - cujo país recebe a próxima reunião do G8 (grupo dos 7 países mais industrializados do mundo, mais a Rússia) - e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediram veementemente aos negociadores que cheguem a um acordo.
Grandes países em desenvolvimento, como o Brasil e a Índia, teriam que concordar em abrir seus mercados, principalmente indústria e serviços, mas também, no caso da Índia, os produtos agrícolas.
Fonte: PT
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