Abriu no Quénia o Fórum Social Mundial de 2007 no Quénia, o primeiro FSM no continente africano. 15.000 pessoas, incluindo 8.000 activistas, participaram na cerimonia de abertura no Sábado em Nairobi. Vai haver 1.200 actividades e são esperados 80.000 visitantes nesta edição que decorre entre 20 e 25 de Janeiro.
O lugar escolhido como ponto de partida para a marcha de abertura foi a terceira maior favela da África Kibera, em Nairobi, símbolo de um lugar que precisa de solidariedade e não para anunciar ao mundo mais um problema de pobreza endémica.
Na cerimónia de abertura, Taufik Ben Abdallah, de Senegal, membro do Comitê Africano e do Conselho Internacional do FSM, disse em declarações à imprensa que Hoje, o primeiro mundo saqueia e quer controlar nossas riquezas. Queremos vencer essas forcas que querem nos colonizar de novo.
Para Wahu Kaara, membro da Marcha Mundial das Mulheres no Quénia, É hora de colocar a nossa agenda na mesa. Temos que dizer não à divida, ao livre comércio, a todos os poderes que querem falar em nosso nome. Temos que dizer não ao terrorismo de Bush, que não há membros da Al Qaeda entre nós, que somos vigilantes. E temos que dizer que queremos um mundo inclusivo, baseado nos valores essenciais da vida. Um mundo que diz não à comodificação dos recursos naturais e a tudo que estimula a guerra de negros contra negros. Já basta!.
FSM concentra-se no continente africano
Depois de anteriores edições concentrarem na América Latina e Ásia, é a vez do continente africano, neste FSM 2007. O evento centra-se no complexo internacional esportivo de Moi, a 17 km de Nairobi, onde decorrerá também o Acampamento Internacional da Juventude.
Entre os temas em debate nesta edição do FSM são o Comércio, Conhecimento e informação, Dívida, Habitação, Meio ambiente global, Memória das lutas, Migrações, Mulheres, Paz e conflito, Privatização dos bens comuns, Soberania dos povos, Trabalho e VIH/SIDA.
Márcia MIRANDA
PRAVDA.Ru
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