A Procuradoria da Alemanha abriu nesta terça-feira a investigação de um processo contra , agora ex-secretário americano de Defesa, Donald Rumsfeld, por sua suposta responsabilidade na aplicação de métodos de tortura a prisioneiros, informou um representante de um grupo internacional dos advogados, segundo AFP.
O pedido foi apresentado à procuradora federal alemã Monika Harms, na cidade de Karlsruhe (oeste), disse Hannes Honecker, secretário-geral da União de Advogados Republicanos, com sede na Alemanha.
Além de Rumsfeld, a ação envolve também cinco juristas da administração do presidente George W. Bush, entre eles o atual secretário de Justiça, Alberto González, na qualidade de ex-conselheiro da Casa Branca, que proporcionou os argumentos jurídicos para a multiplicação das técnicas de interrogatório.
Apresentado pelo Centro para os Direitos Constitucionais (Center for Constitutional Rights, CCR), o pedido foi entregue em nome de 11 ex-detidos em Abu Ghraib e de Mohammed al Qahtani, um detido de Guantánamo, cujo interrogatório foi divulgado publicamente.
A nova ação pede à procuradora Monika Harms a abertura de investigação e de um posterior processo penal para estabelecer a responsabilidade de altos funcionários dos Estados Unidos em supostos crimes de guerra, no âmbito da luta contra o terrorismo internacional, segundo o grupo de advogados.
Rumsfeld renunciou na semana passada, depois que os republicanos perderam o controle do Congresso americano para os democratas na eleições legislativas, mas permanecerá no cargo até que seu sucessor, o ex-chefe da Agência Central de Inteligência (CIA), Robert Gates, seja confirmado pelo Senado.
O grupo internacional de advogados apresentou como testemunha o ex-general do exército dos Estados Unidos Janis Karpinski, que comandou a unidade da polícia militar em Abu Ghraib. Karpinski falará durante uma conferência de imprensa que foi convocada para esta terça-feira em Berlim.
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