Após forte reação do governo brasileiro, a Bolívia suspendeu na noite de ontem a polêmica resolução que confiscaria, na prática, a administração financeira das refinarias da Petrobras no país, sem pagamento de indenização.
Segundo o site do governo boliviano o presidente interino da Bolívia, Alvaro Garcia Linera, assegurou em entrevista à imprensa que a suspensão da decisão de assumir refinarias de petróleo no país não significa um retrocesso no processo de nacionalização da cadeia produtiva do petróleo e seus derivados. Ele afirmou que o governo não teme uma arbitragem internacional para solucionar a questão do aumento de preço do gás natural que vende para o Brasil.
O governo boliviano, segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI), espera que se chegue a um novo acordo com o Brasil sobre os preços para o gás natural.
Linera disse que a suspensão da intervenção nas refinarias da Petrobras na Bolívia "é uma decisão para se criar um clima favorável para as negociações e os acordos no estrito cumprimento do nosso decreto supremo de nacionalização do setor". O presidente Evo Morales está em Cuba participando de um encontro internacional de presidentes de "países não alinhados". Estas informações da ABI estão no site do governo boliviano na internet.
A ABI ressalta que a suspensão não é um retrocesso e que está dentro de um esforço para concretizar novos acordos com o governo do Brasil, antes de 9 de outubro, segundo disposição mostrada pela Petrobras. Diz ainda a agência boliviana que o presidente interino assegurou que uma vez concluídas as negociações com a empresa petrolífera brasileira, o decreto de nacionalização será aplicado em sua integridade.
Agência Estado
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