O novo Primeiro Ministro de Israel, Ehud Olmert, chega a Washington hoje para discussões com Presidente Bush sobre o futuro dos territórios ocupados na guerra de 1967. Quarenta anos depois permanece a questão: Israel vai obedecer as normas da lei internacional, devolvendo todos os territórios ocupados ou vai quebrá-la, desrespeitando a comunidade internacional?
A devolução de Sinai ao Egipto e a libertação da Faixa de Gaza foram sinais na direcção da Mapa de Estrada, defendido pelo Quarteto (ONU, União Europeia, Federação Russa e EUA). A Mapa de estrada tem três fases: Fase I se trata do fim do terrorismo e violência, normalizando a vida diária dos palestinianos e a criação de instituições palestinianas. Fase II visa a criação de um estado palestiniano
Independente com fronteiras provisórias e finalmente, Fase III inclui um Acordo sobre o Estatuto Permanente dos dois estados e um fim definitivo do conflito entre Israel e os palestinianos.
A questão é como é que se pode criar dois estados quando Israel, contra as normas da lei internacional, continua a popular a Cisjordânia com os seus cidadãos, construindo colonatos dos quais os palestinianos são excluídos?
Presidente Bush descreveu a Mapa de Estrada como um ponto inicial no sentido de conseguir uma visão de dois estados. Será que em Washington os dois líderes vão fazer progressos concretos, ou será que os norte-americanos são tão empenhados na implementação da lei internacional em Palestina como foram no caso do Iraque?
Não é só a reputação (péssima) de Israel que está em questão, está também em jogo a hipótese de George Bush salvar qualquer coisa da sua presidência, que tem sido descrito dentro e fora dos EUA como um desastre.
Timothy BANCROFT-HINCHEY
PRAVDA.Ru
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