Não será a primeira vez que um jogador de futebol acha que seu próprio ego é maior do que o seu contrato e não vai ser a última vez que um jogador tenta sintonizar mudanças no meio de um acordo. A questão é, quando é que os direitos de um jogador de futebol como uma pessoa acabem e onde começam suas obrigações profissionais?
Com 21.400 euros por dia, ninguém pode dizer que Carlos Tevez é mal pago - pago para treinar várias vezes por semana e pago para jogar futebol uma ou duas vezes. Verdade, cada vez que ele joga, ao seu nível, ele pode perder dois a três litros de líquidos devido à transpiração e sim, ao seu nível, ele vai abranger cerca de 9 quilômetros de distância, a maioria deles em corrida e como um atacante, um substancial parte a sprintar.
No entanto, assim como todas as outras áreas da vida, os jogadores de futebol estão ligados por algo chamado de contrato, que eles estão felizes de assinar quando vêem o salário na linha de fundo, mas o que eles pensam que têm o direito de rasgar por um capricho quando as coisas não vão à sua maneira. No caso de Carlos Tevez, o contrato tem a duração de mais três anos e meio, até julho de 2014 e apesar do fato que ele cita razões familiares para querer sair do Manchester City (no entanto, curiosamente, também cita uma quebra nas relações com "certas pessoas") é lógico que, assim como com qualquer outra profissão, há conseqüências para uma quebra de contrato.
É uma questão muito simples de honrar um compromisso, como um contrato de casamento ou mesmo um acordo para a prestação de serviços, o que é, afinal, o que os jogadores de futebol fazem, por uma taxa extremamente alta quando chegam ao topo de sua profissão. Se Tevez não quer honrar o seu contrato, então ele tem que aceitar as consequências da violação, de mesma forma em que não hesitou em assiná-lo de modo a receber seu salário chorudo.
Manchester City, entretanto, foi rápido a reagir, dizendo que vai processar Tevez por 50 milhões de libras esterlinas, se ele sair, vai puni-lo por tirar a capitania se ele ficar e vai colocá-lo treinando com os reservas, uma vez que vasculha o mercado de transferências para um substituto, um dos quais já previstos como sendo, o atacante bósnio Edin Dzeko, 24 anos, do Wolfsburg cuja cláusula de rescisão de 33,5 milhões de libras Manchester City parece disposto a pagar.
Em fim, jogadores de futebol não são prima-donas e qualquer um deles é apenas um outro membro da equipe, qualquer equipa é apenas mais um capítulo na história do clube de futebol. Nenhum time é maior do que o clube e nenhum jogador é maior que o da equipe. Aqueles que pensam que são, pisam em terreno perigoso.
Tevez está em risco de estar a jogar nas reservas por mais três anos e meio. Seria o fim da carreira. Caso contrário, poderá ter de pagar 50 milhões de libras esterlinas em multa, que provavelmente seria o fim do seu futuro.
Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.Ru
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter