Nacional (UY) 0 x Palmeiras (BR) 0 – Tricolores uruguaios com as semis no bolso

Quarta 17 de Junho de 2009

Estádio Centenario de Montevidéu.

Hora de início: 19:20 h

Lotação: 47 mil.

Clima: Frio ( 11°C )

ESCALAÇÃO NACIONAL: 25 – Rodrigo Muñoz; 06 – Matías Rodríguez; 04 – Mauricio Victorino; 19 – Sebastián Coates; 15 – «Osso» Romero; 21 – Oscar Javier «Ojota» Morales; 08 – Diego Arismendi; 03 – Federico Domínguez; 14 – Nicolás Lodeiro; 24 – Gustavo Biscayzacú e 09 – Alexander «Cacique» Medina.

PLANTÃO: 12 – Leonardo «Cachorro» Gulián; 10 – Ángel «Matute» Morales; 20 – Santiago «Morro» García; 23 – Pablo Pereira; 11 – Pablo Caballero e 16 – Marcos Mondaini.

TREINADOR: Gerardo Pelusso.

ESCALAÇÃO PALMEIRAS: 12 – Marcos (goleiro e capitão); 13 – Marcão; 15 – Maurício Ramos; 23 – Danilo; 17 – Wendel; 05 – Pierre; 10 – Cleiton Xavier; 07 – Diego Souza; 06 – Pablo Armero; 08 – Willians e 09 – Keirrison.

PLANTÃO: 01 – Bruno (goleiro); 02 – Mozart; 04 – Jéci; 18 – Jumar; 20 – Ortigoza; 21 – Souza e 24 – Obina.

TREINADOR: Vanderlei Luxemburgo.

Assessoria de Imprensa: Fábio Finelli.

ALTERAÇÕES:

NACIONAL:

20 – Santiago «Morro» García x 24 – Gustavo Biscayzacú

10 – Ángel «Matute» Morales x 09 - «Cacique» Medina.

23 - Pablo Pereira x 14 - Nicolás Lodeiro

PALMEIRAS:

20 – Ortigoza x 08 – Willians

24 – Obina x 13 – Marcão

21 – Souza x 17 – Wendel

CARTÕES AMARELOS:

NACIONAL:

20 – Santiago «Morro» García

21 – Oscar Javier «Ojota» Morales

PALMEIRAS:

08 – Willians

Confira o decorrer do jogo agora!!!

No balanço final acabou sendo um jogo muito equilibrado, tão equilibrado assim que houve duas «mãozinhas» dos zagueiros do Nacional e Palmeiras nas grandes áreas da defesa e o árbitro não apitou como pênaltis.

No início tendo andado uns 9 minutos, chutou para escanteio de jeito quase enxuto o Cleiton Xavier mas o guardião uruguaio, Rodrigo Muñoz surpreso e tanto pelo trajetória da bola deu uma braçada fazendo que a melindrosa batesse na parte baixa do travessão encontrando no rebote ainda na área pequena um zagueiro tricolor chutando alto e longe para fora.

Mais oito minutos e a cobrança de uma falta por conta do canhoto Federico Domínguez alguns metros fora da grande área, na faixa direita do ataque do Nacional encontrou o grande Marcos muito bem posicionado no centro da cidadela derrubando as ilusões dos 50 mil torcedores no Nacional de ficar bem mais sossegados até o final do jogo.

Na metade do primeiro tempo, mais uma vez o Cleiton Xavier entrando pela faixa esquerda da grande área do Nacional chutou forte e raso encontrando o a perna esticada do Keirrison que quase grita o primeiro gol da partida. Roçou nele e bola pulou tanto assim que foi apenas por cima do travessão, esse travessão que começava criar amizade com o goleiro Muñoz.

No eixo dos trinta minutos um chute forte do meia criativo do Nacional foi ziguezagueantes até a maão direita do goleiro Marcos que deu uma de jogador de vôlei na defensa.

O Cleiton Xavier mais uma vez nas redondezas do grande área do «bolso» uruguaio fazendo magia, a bola saiu fora roçando a coluna esquerda do Muñoz.

Na segunda metade, foi a hora das alterações, meia dúzia de jogadores pularam em campo tentando encontrar o gol que desse a classificação para o Palmeiras e no caso do Nacional, estratégia táctica para manter o resultado até o apito final e até dar uma esfriada nessa força que o Palmeiras estava impondo.

Alguns minutos depois do Obina ter mergulhado no gramado, o Palmeiras teve sua grande chance pois uma bola vinda da metade do campo do Nacional por conta do Diego Souza, acabou encontrando o Obina entrando na grande área com o Muñoz como a única barreira á vencer. Foi, foi, foi raso o chute, muito perto de entrar no gol mas foi se topar com os anúncios dos apoios da Libertadores que contornam os limites da quadra.

Faltando apenas seis minutos, uma lance perfeito do Ortigoza desde a faixa direita do ataque do Verdão encontrou a cabeça do Obina, que com o parietal direito procurou uma cabeçada que desse essa alegria incrível quase no final do jogo. Se por acaso a camarinha da tevê focou a coluna esquerda do goleiro Muñoz, tenha certeza que a bola descascou a pintura.

Dois minutos depois o «Morro» García encontrou a bola quase na metade do campo, segurou-a e começou galgar acima do gramado rumo ao gol palmeirense com os zagueiros rivais na «caça» dele mas sem atingir o alvo. Entrando na grande área do Verdão, o Morro deu uma pontinha quase perfeita que acabou saindo fora do campo: Quase com certeza, se a bola fosse de aço e a coluna um imã, tivesse ficado grudada nela.

Os últimos minutos foram dramáticos com o Marcos indo na procura da grande cabeçada que continuasse mantendo-o no pódio da história do futebol brasileiro. Risco e tanto do lado do Palmeiras deixando sem guardião o gol. Quase suicídio mas não tinha uma outra escolha.

No início do tempo suplementar um outro lance na área do Nacional encontrou o goleiro Muñoz pulando mais alto e botando a bola fora da grande área. Só que aí tinha uma camisa verde esperando-a e chutando um novo lance que muito devagar ia caindo perto e tanto do gol tricolor. O Muñoz estava voltando da excursão e enviou a bola para fora. Foi terrível mesmo para todos, «bolsos» e «verdões».

A classificação nas Semis 2009 da 50 versão da Libertadores ficou no bolso dos «bolsos» uruguaios deixando só três brasileiros concorrendo por mais duas vagas até amanhã.

É extremamente importante salientar após o final do jogo, nos vestiários do Palmeiras, o treinador Vanderlei Luxemburgo e o goleiro Marcos concordaram que nesse negócio de mata-mata o futebol é assim. Dois empates deixam um time fora e nada a reclamar. O Palmeiras tem que ficar de olho no Torneio Brasileiro e na Sul-Americana esperando que a turma continue evoluindo pois trata-se de um projeto sério que vai encontrá-los bem mais amadurecidos.

Ë mesmo um grande prazer encontrar dois craques como Vanderlei e Marcos visitando o Estádio Centenario, ou seja, fazem parte da rica história desse mítico esqueleto de cimento «esportivo». Muitos microfones da imprensa brasileira posicionam-se perto da boca deles no decorrer de quinze ou vinte minutos e sem ficar bravos e ás vezes até sorridentes respondem tudo quanto os colegas estão querendo saber. Caso alguns dos jornalistas continuassem perguntando assim que a Rodada de Imprensa com os destaques acabou, os nossos craques dentro e fora do gramado continuam respondendo super descontraídos. Na hora da «derrota» eles também mostram que são grandes craques, negócio que salientou o tabelião Guillermo Pena, que faz parte da Diretoria do Nacional.

Foi o Pena quem chegou no vestiário do Palmeiras coma a camisa «20» do Santiago «Morro» García procurando a permuta pela número 7 ou 9 do Palmeiras. O relacionamento das duas Diretorias dos clubes parecia mesmo bem mais do que legal.

Tendo pedido para o Assessor de Imprensa do Palmeiras, Fábio Finelli, uma camisa do verdão tentando fazer progredir nosso projeto no Uruguai, ele disse que ia encaminhar uma para nós desde Sampa pois ficaram todas com o pessoal do Nacional.

Nossa permuta é simples, uma camisa pela reportagem neste grande meio de imprensa que é o PRAVDA.

Obrigado, Fábio.

Foto: Santiago «Morro» Garcia, artilheiro camisa 20 do Club Nacional de Football de Montevideu.

Gustavo Espiñeira

Correspondente PRAVDA.ru

Montevidéu – Uruguai

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey