O Comitê Disciplinário da Federação Russa de Futebol vai examinar esta sexta-feira (17) o comportamento da torcida do Spartak Moscou que insultou o brasileiro Wellinton com uma faixa rascista. No último sábado durante o jogo com o Krylia Sovetov, os simpatizantes do clube moscovita penduraram uma faixa com a inscrição; A camisola 11 é só de Tíjonov. Monkey go home [Macaco, vai para casa].
Welliton é o actual número 11 do Spartak e o referido Tíjonov, hoje com 36 anos, alinha no modesto Khimki, mas permanece ser um ídolo da torcida do Spartak. A torcida do clube é conhecida pelo seu compartamento agressivo e não adequado em alguns momentos. O Spartak pode ser multado e também passar alguns jogos de casa com tribunas vazias.
Se no lugar do brasileiro aparecesse um qualquer outro jogador com o número 11 na camisola, seria pendurada uma faixa com um conteudo parecido.
O atacante do CSKA Vagner Love, do CSKA Moscou, disse, nesta terça-feira, em entrevista ao Terra Esportes TV, que nunca sofreu esse tipo de preconceito. "É uma coisa triste. Ainda bem que cheguei a um clube que me dá muita moral, confiança e liberdade. Não convivi com esse problema dele (Welliton). Sou negro também e nunca sofri com isso aqui. Tenho certeza que minha torcida nunca fará isso comigo. Se eu encontrá-lo, vou falar para ele não ligar e assim que ele fizer um gol a torcida vai esquecer", comentou Love.
"Nunca tinha visto nada disso aqui. Fui o segundo negro aqui do CSKA. Mas não sofremos nenhum tipo de preconceito. É muito chato e fica pior para ele se adaptar, mas espero que isso não o prejudique", comentou.
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