Brasil e Argentina voltam a se enfrentar em uma decisão da Copa América, três anos depois da heróica vitória brasileira, nos pênaltis, em Lima, no Peru. Assim como naquela partida, a decisão que começa às 18h (de Brasília) deste domingo, em Maracaibo, na Venezuela, reúne um Brasil que não conta com a confiança do torcedor e vem praticando um futebol pragmático, contudo, vitorioso e a Argentina, favorita e dona do melhor futebol na competição, mas que não conquista um título desde 1993, ano da Copa América do Equador.
Para chegar à final, a seleção comandada por Dunga perdeu um jogo, ganhou três e empatou um e, a rigor, só mostrou bom futebol nos 6 a 1 contra um combalido Chile. A única estrela num time com muitos cabeças-de-área e pouca criatividade foi Robinho, artilheiro da competição com seis gols, e maior esperança do país para a conquista do título.
Já a Argentina venceu todos os jogos, tem o melhor ataque (16 gols), a melhor defesa (três gols sofridos) e mostrou um futebol envolvente, sempre comandada pelo apoiador Riquelme e pelo atacante Messi, os dois destaques numa equipe que ainda tem Verón, Tevez e pode contar com Crespo, recuperado de uma contusão muscular, na final. Ele fica no banco de reservas. Basile manterá o ataque com Tevez e Messi.
Se a Argentina é no momento quem dita as regras do futebol-arte, o Brasil tem ao seu lado o excelente retrospecto contra os rivais. Os brasileiros venceram as duas últimas decisões com os argentinos. Além da dramática vitória nos pênaltis na Copa América de 2004, houve a goleada de 4 a 1, na Copa das Confederações de 2005, num show de Ronaldinho, Kaká e Adriano naquela que foi a última vez que o tal do futebol-arte esteve em harmonia com a camisa amarela.
No Brasil, jogadores e comissão técnica pregam humildade e não têm problemas em reconhecer a Argentina como a favorita na final. "Eles são favoritos, mas vamos jogar o nosso futebol com humildade. Estamos preparados para um jogo difícil", afirmou Dunga.
O treinador tem apenas um problema para a decisão. Gilberto Silva levou o segundo cartão amarelo na semifinal contra o Uruguai e desfalca a equipe. Elano foi o escolhido para ocupar a sua vaga no campo, mas a braçadeira de capitão ficará com o zagueiro Juan.
No lado argentino ninguém assume o favoritismo. Mesmo com a ausência de Kaká e Ronaldinho, que pediram dispensa da Copa América, os comandados de Alfio Basile vêem o Brasil como um duro adversário de ser batido.
"Para a gente, pensar apenas na ausência de Kaká e Ronaldinho seria uma falta de respeito com os demais jogadores brasileiros. Todos estão em grandes equipes do mundo. O Brasil não será um rival menos difícil do que em outras oportunidades", previu o volante Cambiasso.
Brasil x Argentina
Local; Estádio José Encarnación Pachencho Romero, em Maracaibo, Venezuela.
Horário: 18h (de Brasília)
Á
rbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)
Brasil: Doni, Maicon, Alex Juan e Gilberto; Mineiro, Josué,
Elano e Júlio Baptista; Robinho e Vágner Love. Técnico: Dunga.
Argentina: Abondanzieri, Zanetti, Gabriel Milito, Ayala e Heinze; Mascherano, Verón, Cambiasso e Riquelme; Messi e Tevez. Técnico: Alfio Basile.
Fonte Agência O Globo/EFE
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