Brasil neste domingo joga na final do Mundial de vôlei

  O Brasil bateu a Sérvia e Montenegro por 3 sets a 1 (25-19, 15-25, 25-22 e 25-12) e se classificou, pela segunda vez consecutiva, à final do Mundial de Vôlei - terceira em toda história. A decisão será às 8h30 (do Brasil), deste domingo (3), diante da Polônia, que bateu a Bulgária também por 3 sets a 1 (25-20, 26-28, 25-23 e 25-23).

 Na semifinal , Giba foi o maior pontuador  do Brasil.  No jogo contra Sévia  marcou 19 pontos . E Giba ainda quer mais. Depois de "deixar abaixar a adrenalina", ele garante que o time irá com tudo em busca do bicampeonato. Para ele, a derrota para Sérvia e Montenegro no segundo set serviu de lição.

- Foi mais uma vitória suada, boa para vermos que não podemos amolecer em momento algum. Achamos que eles entregariam o jogo no segundo set e levamos uma porrada. Na final, temos que entrar com o mesmo espírito do primeiro, terceiro e quarto sets.
Em entrevista à Rede Globo, Giba disse que a equipe cometeu muitos erros de saque, mas elogiou o desempenho do bloqueio e da defesa. E mais uma vez "agradeceu" à França por ter vencido o Brasil na primeira fase do Mundial.

- O poder de reação do grupo após o segundo set foi fantástico. Há dez dias perdemos para os franceses. Agora estamos aqui, classificados para a final. Por isso, temos de dizer obrigada à França, como dissemos à Bulgária na Liga Mundial - brinca Giba.

No Mundial do Japão, a equipe se recuperou muito bem do revés diante da França, na primeira fase, e superou potências do esporte (como Itália, Bulgária, Sérvia e Montenegro, EUA e Cuba) nos últimos anos para chegar à final. Já a Polônia pode ser considerado um franco atirador no duelo deste domingo.

O país não conseguia grandes resultados desde 1976, quando conquistou o ouro olímpico em Montreal. Dois anos antes, a Polônia fora campeã mundial. Nas duas vezes, a equipe bateu a União Soviética na final. Na época, o Brasil engatinhava na modalidade e sequer fazia frente aos seus rivais no continente. Somente nos anos 80, o país passou a incomodar as potências mundiais.

Mas, no Japão, os poloneses resgataram as glórias de antigamente e chegam à final com uma campanha invicta e assustadora. O time venceu dez jogos (China, Argentina, Egito, Porto Rico, Japão, Tunísia, Canadá, Rússia, Sérvia e Montenegro, e Bulgária) e só cedeu três sets em toda competição (dois para Rússia e um para Bulgária). Comandada pelo técnico argentino Raúl Lozano, a Polônia reencontra o rival que encarou na fase de preparação para o Mundial.

Em dois jogos-treinos de quatro sets cada realizados há três semanas, houve um empate (2 sets a 2) e uma vitória brasileira (3 sets a 1). Em partidas oficiais, o último confronto foi nas Olimpíadas de Atenas, quando o Brasil eliminou a Polônia em três sets (25/22, 27/25 e 25/18) nas quartas-de-final.

Apesar do bom retrospecto e da maior tradição recente, os brasileiros descartam facilidade na decisão. “Vai ser paulada. Temos que tentar baixar a adrenalina da semifinal e melhorar o saque, o bloqueio e a defesa”, analisa o ponta Giba, maior pontuador do Brasil no Mundial.


O técnico Bernardinho evita tratar o resultado polonês como uma surpresa. “É uma equipe alta, muito forte fisicamente. Eles misturam com jovens com alguns jogadores mais experientes. A ascensão dos poloneses é fruto de um trabalho a médio e longo prazo, que começou nas divisões de base”, explica o treinador.

E, na base, a Polônia levou a melhor sobre o Brasil em 2003, no Mundial de Juvenil realizado no Irã, quando os europeus venceram por 3 sets a 2. Daquela final, Samuel é o único brasileiro que estará em quadra, enquanto a Polônia tem o ponta Winiarski e o oposto Wlazly entre os seus titulares.

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Author`s name Lulko Luba