A Federação Alemã de Futebol anunciou nesta segunda-feira que vai abrir inquérito para apurar as denúncias de racismo ocorridas durante a partida entre Alemannia Aachen e Borussia Mönchengladbach, pelo Campeonato Alemão, quando torcedores ofenderam o atacante brasileiro Kahê, ex-Palmeiras e Ponte Preta.
No jogo de sábado, a torcida do Alemannia ofendeu Kahê, chamando-o de asylant (termo pejorativo usado para designar refugiados). Após o sistema de som do estádio alertar os torcedores, os fãs do Mönchengladbach presentes revidaram, xingando o zagueiro zambiano Moses Sichone, do Alemannia.
A Federação Alemã multou o Hansa Rostock na última semana em 20 mil euros por ofensas racistas de sua torcida contra o atacante Gerald Asamoah, da seleção alemã, em uma partida contra o Schalke 04 pela Copa da Alemanha. Diferente do Hansa, no entanto, o Alemannia anunciou que tomará medidas para impedir novos incidentes em suas partidas.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, Kahê reconheceu que não percebeu as ofensas, mas que foi alertado pelos companheiros após a partida. O atacante revelou que foi chamado de estrangeiro e exilado, ou seja, sem referencias à questão racial, como aconteceu com Asamoah. Há um ano e meio na Alemanha, o jogador disse que foi a primeira vez que viveu a incômoda situação.
A temporada européia começou há cerca de um mês e os atos racistas já voltam a atormentar novamente os estádios do continente. Na vitória de 3 a 0 do Barcelona sobre o Racing Santander, no domingo, o atacante camaronês Samuel Etoo foi novamente alvo de ofensas. Enquanto isso no estádio Olímpico, em Roma, os fãs da Lazio aprontaram novamente e, antes da derrota de sua equipe para o Palermo por 3 a 1, cantaram o hino italiano fazendo a saudação nazista aos rivais da Sicília.
GazetaPress
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