Segundo o médico russo Vladimir Khavinson, chave para longevidade é impedir o envelhecimento por meio de biomoléculas formadas por aminoácidos
Quem nunca quis chegar aos 100 anos de idade de forma saudável? O que parecia um sonho distante há alguns anos pode estar bem perto de se tornar realidade. Pelo menos essa é a intenção do médico e cientista russo Vladimir Khavinson, que promete revolucionar a medicina com seu estudo sobre peptídeos, apresentado este fim de semana no I Congresso Latino-Americano da World Society of Anti-Aging Medicine (WOSAAM) e V Simpósio Internacional de Fisiologia Hormonal e Longevidade, que aconteceu em São Paulo.
O grande segredo de Khavinson para uma existência mais duradoura é a ação dos peptídeos (biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos por meio de ligações peptídicas, estabelecidas entre um grupo amina de um aminoácido, e um grupo carboxilo do outro aminoácido). A pesquisa começou há 35 anos na Academia Médica Militar da antiga União Soviética. Em um mundo ainda polarizado pela Guerra Fria, o objetivo era estudar como poderia ser reforçada a resistência dos soldados.
À exceção da fome e das pandemias, a guerra mais atemporal e constante da humanidade tem sido contra o envelhecimento. E é nessa batalha que o trabalho do russo assume um heroico papel revolucionário. "A longevidade está diretamente ligada à cultura, que é uma ponte para a evolução. E quem não deseja a evolução?", questiona o pesquisador, que ainda afirmou, sem pestanejar, que "esta é a grande revolução do século 21".
Pode até parecer pretensão, mas os gráficos e dados apresentados pelo russo no Congresso acabam com as dúvidas. Os resultados de testes com peptídeos realizados pelo médico e sua equipe foram todos animadores, sem exceção. Com sucesso nos experimentos com ratos, macacos e humanos, provou-se que os peptídeos potencializam a divisão celular, estimulam a atividade cerebral, promovem a redução de tumores e muito mais. "Não há sequer a possibilidade de uma reação alérgica que seja", sublinha o pesquisador.
"Não há estímulo ou inibição de processos, os peptídeos só regulam o organismo. São substâncias naturais, fazem seu trabalho sem incomodar o corpo. Estes biorreguladores são absorvidos pelo corpo apenas para reparar funcionalidades. Não há chances de overdose e nem de efeitos tóxicos. Eles agem especificamente sobre o órgão-alvo", disse ele, que anunciou também o breve lançamento de uma linha de produtos baseados nos novos 'heróis da longevidade'. O prognóstico é que, até 2020, a terapia possa ser praticada em maior escala.
"Mais de 15 milhões de pessoas já foram tratadas com estes biorreguladores, sempre apresentando 100% de retorno positivo. A síntese de proteínas fica mais poderosa. Uma célula que normalmente se divide 50 vezes tem sua capacidade aumentada em quase 50% com peptídeos. Em um dos testes, a aplicação de peptídeos em idosos durante 12 anos trouxe quedas na mortalidade e também na restauração do nível de diversos hormônios, como a melatonina - que alcançou níveis somente registrados na juventude humana. Também houve grande melhora na imunidade, das funções cerebrais e da densidade dos ossos, sem contar com a redução de doenças respiratórias", apontou Khavinson.
Na ONU
No dia 1º de outubro, Khavinson apresentou pela primeira vez seu estudo para o mundo durante as comemorações da Organização das Nações Unidas pelo dia do idoso no Palácio das Nações Unidas, em Genebra, Suíça. Na ocasião, dez países o convidaram para trabalhar como consultor nos respectivos ministérios da saúde. "No que depender de mim, o mundo todo saberá das barreiras que estamos prestes a superar", disse o cientista.
SB COMUNICAÇÃO
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter