Chuvas torrenciais - 185 litros por metro quadrado - causaram inundações e deslizamentos de terra na ilha portuguesa Madeira, no Oceano Atlântico, matando pelo menos 40 pessoas, ferindo 70, deixando cerca de 250 sem-teto e vastas áreas da ilha devastadas. O Governo Regional da Madeira proclamou o estado de emergência e fez um apelo à União Europeia para financiamento de emergência.
Situada no Atlântico a 500 km da costa norte-africana e 900 km do continente europeu, esta Região Autónoma de Portugal está habituada a chuvas torrenciais e muito do dilúvio que caiu sobre a ilha na manhã de sábado fluiu através de canais de irrigação, que levam a água da parte superior desta ilha montanhosa para o mar.
No entanto, a intensidade era tamanha que árvores foram arrancadas, pedregulhos enormes foram arremessados das montanhas, cabos de energia foram derrubados e deslizamentos de terra rasgaram vilas e aldeias remotas, destruindo estradas e deixando a população de algumas áreas isolada.
Por este motivo o número de baixas (40 mortos, 70 feridos) é uma primeira estimativa baseada em relatos da mídia local. Testemunhas oculares na capital, Funchal, disseram a PRAVDA.Ru que há um estranho silêncio reinante em toda a ilha, depois de uma tempestade que deixou vastas áreas parecendo uma zona de guerra.
O Presidente da Região Autónoma, João Jardim, disse que "Não há nenhuma necessidade em dramatizar demasiado a situação", tendo no entanto proclamado o estado de emergência e pediu à União Europeia para financiamento de emergência. Enquanto isso, o Ministro do Interior de Portugal, Rui Pereira, declarou que pedirá à UE para declarar uma situação de calamidade pública.
Condições meteorológicas singulares
A quantidade de chuva que caiu na ilha da Madeira entre 5,00 e 11,00 na manhã de sábado foi o dobro do nível que aciona um alerta vermelho. Durante estes seis horas, caíram 111 milímetros de precipitação, e destes, 52 milímetros em apenas uma hora, entre 9,00 e 10,00.
Dada a localização da ilha, freqüentemente visitado por colunas de ar aquecido e arrefecido, que criam extremas e instáveis condições meteorológicas, é surpreendente que ele não tem um sistema de radar que avisa com antecedência, sobre os níveis de precipitação provável. Nos últimos anos, a procura de espaço para construção bloqueou córregos que teriam canalizado a água da chuva, no entanto os canais de irrigação construídos pelo Governo Regional, provavelmente mitigaram uma pior catástrofe desta vez.
Ekaterina SANTOS
PRAVDA.Ru
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