Na véspera do Dia Mundial da Alimentação, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, afirmou hoje (15/10) que, em qualquer circunstância, os primeiros a serem protegidos devem ser os pobres, numa referência à crise econômica global. Os pobres não podem pagar esta conta. Não podemos permitir que a gravidade da crise financeira mundial ofusque e diminua a atenção para problemas como a miséria, a fome, a exclusão, as desigualdade e injustiças sociais. Como vem reiterando o presidente Lula, os pobres não podem ser penalizados e as políticas sociais não podem ser reduzidas, ressaltou o ministro
Patrus Ananias participou nesta quarta-feira, em Brasília, do Seminário Os desafios da segurança alimentar e nutricional e as respostas do governo brasileiro, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Na oportunidade, o ministro reiterou que o Brasil é um País grande, com potencialidade e que pode investir em alimentos, em energia limpa e biocombustíveis, compatibilizando a estabilidade econômica com o desenvolvimento social. O Brasil está mostrando a sua força econômica, suas potencialidades. Lembrou ainda que há prudência para garantir a estabilidade, o controle da inflação, mas que em nenhum momento o País sairá do caminho do crescimento, do desenvolvimento econômico, sempre com distribuição de renda e inclusão social.
Em sua avaliação, Patrus Ananias disse que uma das causas de o Brasil estar superando a crise econômica mundial são suas políticas sociais, que garantem renda e um mercado interno de consumidores, aquecendo a economia. Para mostrar esse avanço, o ministro elencou uma série de iniciativas do governo que tem contribuído para o enfrentamento da fome, da pobreza e das desigualdades (leia pronunciando).
A secretária-executiva do MDS, Arlete Sampaio, destacou que o governo atuou em várias frentes para enfrentar a crise mundial da alta de alimentos, desde a redução de impostos ao reajuste e ampliação do Bolsa Família e mais recursos para o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar. O Brasil pode tirar dessa crise excelentes oportunidades de ampliar sua produção e fazer com essa produção seja vendida prioritariamente no mercado brasileiro.
Também na abertura do seminário, o presidente do Consea, Renato Maluf, explicou que esta semana mais de 200 atividades estão sendo realizadas no País para lembrar o Dia Mundial da Alimentação. Já o representante da FAO no Brasil, José Tubino, comentou que a situação mundial é de uma crise simultânea em várias frentes: alimentos, energia, econômica e ambiental. Há ainda uma crise de valores, do materialismo e do consumo exagerado. E lembrou que à exceção do Brasil, há uma situação de retrocesso no mundo e que hoje metade da população do Haiti está sem alimentos.
O ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, apresentou as propostas de governo com relação aos investimentos na melhoria de renda, de organização e de produção da pesca. Temos espécies, diversidade climática, extensão de água para sermos a maior potência de pesca do mundo. E completou: este setor pode dar importante contribuição para a segurança alimentar e nutricional do povo brasileiro. Para o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi, temos hoje ao lado da grande agricultura exportadora uma agricultura ativa e organizada de pequenos produtores graças às políticas públicas de governo.
Também participam do seminário o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Adoniran Sanches; o coordenador geral da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, o deputado Nazareno Fonteles; e autoridades e técnicos da área de segurança alimentar e nutricional.
Clique aqui para ler a íntegra do pronunciamento do ministro Patrus Ananias
MDS
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