A queda do pequeno Trovoada poderá ter sido um sinal que os Deuses não estavam loucos, ou talvez aperceberam-se em tempo útil que o povo de S.Tomé e Príncipe não mais merecia continuar a ser governado por gentinhas desprezíveis.
O quê fazer agora ?
Reprovo a ideia de novas eleições como também a de mais um governo de consenso entre as forças partidárias. Claro que os apologistas da continuidade do enriquecimento fácil encontrarão na frágil constituição argumento para me contrariarem.
Impõe fazer-lhes a seguinte pergunta.
Porque não defendem o respeito da constituição face aos casos de impunidade, roubo, má gestão de bens públicos, e por ultimo o dever dos eleitos em respeitarem a constituição em todo o seu esplendor ?
A razão está, se o defendessem, vários eram os ex e actuais governates que estariam privados de liberdade.
O momento politico é de excepção. Face a situação, nada impede que seja encontrada uma Medida de Excepção.
A opção GOVERNO DE SALVAÇÃO NACIONAL, constituido por gente fora do âmbito partidário e acima de toda e qualquer suspeita parece-me ser a saída mais sábia e a que melhor poderá representar os interesses do país.
Qual seria o papel deste governo e como funcionar ?
Seria um governo com responsabilidades para arrumar a casa, com o dever de devolver a autoestima e confiança aos santomenses, através da reposição do pilar fundamental da democrácia, que é a Justiça. Governo feito por gente com sentido de MISSÃO.
Os partidos, estariam à margem da governação. Tempo e condições suficientes para se reorganizarem ou mesmo fazerem roturas com o passado onde tudo era permitido.
Não tenho orgulho nenhum em continuar a observar que ministros ou funcionários afins suspeitos ou mesmo envolvidos em casos de corrupção, continuem a representar o meu país.
Danilo Salvaterra
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