A Petrobras colocou em operação na terça-feira (1º) a primeira plataforma de produção de petróleo extrapesado do Brasil. A unidade está localizada a 80 quilômetros da costa no campo de Badejo, na Bacia de Campos (RJ), a 95 metros de profundidade. A idéia é utilizada como projeto-piloto de produção do reservatório de Siri, localizado no mesmo campo.
As informações obtidas durante a fase de testes serão utilizadas no projeto definitivo de desenvolvimento daquele reservatório, que prevê a perfuração de vários poços e, futuramente, a instalação de uma nova plataforma. Do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), a nova plataforma produzirá até 15 mil barris de petróleo por dia (bpd). Terá capacidade para processar petróleo de 12,8 graus API (medida de densidade) em condições de reservatório o que caracteriza esse petróleo como o mais pesado e mais viscoso produzido em campos marítimos no Brasil.
Mais que um novo sistema de produção, o FPSO Cidade de Rio das Ostras será um laboratório para o desenvolvimento de outros campos marítimos de óleo extrapesado, como Marlim Leste, Albacora Leste, Papa-Terra e Maromba, todos na Bacia de Campos. É uma missão da Petrobras transformar recursos em riquezas e, desde o início do projeto, a empresa mostrou mais uma vez seu poder de realização ao produzir o primeiro petróleo do reservatório de Siri, disse o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella.
Afretada à empresa canadense-norueguesa Teekay-Petrojarl, a nova plataforma resulta da conversão de um navio petroleiro em FPSO. Além de poder produzir até 15 mil barris por dia, tem capacidade para estocar até 200 mil barris. Já a tecnologia utilizada no projeto foi desenvolvida através do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes).
A existência de petróleo no reservatório de Siri é conhecida desde 1975, mas, como os primeiros testes apresentaram vazão de petróleo muito baixa, a produção não era considerada economicamente viável. Novas tecnologias permitiram a produtividade do reservatório, como a construção de um poço com dois quilômetros de trecho horizontal e a instalação de uma bomba centrífuga submarina submersa (BCSS) de alta potência, que garantirá vazão elevada do petróleo produzido. Há também o desafio da separação da água extraída e do gás produzido, assim como o processamento desse tipo de petróleo, que exigirá uma temperatura elevada de operação (140º C).
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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