Durante visita oficial ao Brasil, no dia 30 de janeiro, o Presidente da República Democrática de Timor Leste, José Ramos-Horta, agradeceu a contribuição do Brasil à consolidação da democracia e ao fortalecimento das instituições de seu país e destacou a importância das atividades de cooperação em áreas como educação, saúde, justiça e formação de mão-de-obra básica entre os dois países.
O acordo de qualificação docente e ensino da língua portuguesa no Timor, firmado em 2004, foi renovado e estará em vigor até 2010, e o programa de instrução de policiais militares timorenses entrará na sua terceira fase de execução. Na área cultural, foi assinado um memorando que prevê o intercâmbio artístico e a realização de seminários e workshops nos dois países.
O presidente Lula anunciou ainda a instalação de um Grupo de Trabalho para a elaboração de projetos de um Código de Processo Penal Militar e de um Código Penal Militar para o Timor. Além disso, a Procuradoria-Geral da República se dispôs a organizar programa de treinamento de Procuradores da Justiça timorense, por meio da Escola Superior do Ministério Público da União, com a possível instalação de um Centro de Treinamento para o Ministério Público na capital, Díli.
Os dois presidentes confirmaram o interesse em ampliar a cooperação bilateral nas áreas de energias renováveis, meio-ambiente e programas de combate à pobreza. Em visita ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, membros da comitiva de José Ramos-Horta demonstraram interesse na transferência de tecnologia em recuperação de solos e florestas, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
História
O Timor Leste, país de colonização portuguesa, foi ocupado pela Indonésia durante 24 anos. Em 1999, a população timorense optou pela independência em plebiscito realizado pela ONU.
Esta decisão não foi aceita pela Indonésia, que invadiu o território. Em razão disso, uma força das Nações Unidas administrou o Timor até maio de 2002, quando o país tornou-se formalmente independente. Em abril de 2002, Xanana Gusmão venceu a eleição presidencial. Em 2006, soldados abandonaram o exército para se aliarem ao major rebelde Alfredo Reinado e uma série de conflitos violentos entre forças de segurança de facções rivais e grupos étnicos se espalharam pelo país. A crise se acalmou com a demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, que foi substituído em julho pelo ganhador do Nobel da Paz José Ramos-Horta. Em 2007, Ramos-Horta venceu a eleição presidencial.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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