A Polícia Federal encerrou o inquérito da Operação Xeque-Mate e já o remeteu à Justiça Federal e distribuíu ao Ministério Público Federal, noticia hoje (14) O Globo. No material, consta a informação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria negado um pedido do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, para ajudar uma empresa de terraplanagem.
Vavá, segundo as informações do jornal Folha de São Paulo disse em depoimento à Polícia Federal de Campo Grande (MS) que tentou sondar Lula sobre a possibilidade de colocar máquinas de terraplanagem para trabalhar na empresa Vale do Rio Doce.
O irmão de Lula afirmou que o presidente negou o pedido. Segundo o jornal conversa entre o presidente e seu irmão mais velho teria acontecido em 25 de março deste ano. No mesmo dia, em conversa telefônica interceptada pela PF, o ex-deputado Nilton Servo, que seria o chefe da suposta máfia de caça-níqueis, falou com Vavá sobre o diálogo que ele teria tido com Lula.
"O homem (que seria o presidente Lula) esteve aqui hoje", disse Vavá, de acordo com a Folha. "Falou com você?", teria questionado Servo. "Conversou. Eu falei para ele sobre o negócio das máquinas lá. Ele disse que só precisa andar mais rápido", teria respondido À Folha, o Palácio do Planalto informou que não se pronunciaria sobre informações não-oficiais.
A Companha Vale do Rio Doce informou que não tinha conhecimento da conversa de Vavá com Lula e que a área de engenharia só contrata empresas cadastradas e por meio de concorrência.
Segundo reportagem do jornal O Globo, documentos apreendidos na casa de Vavá indicam ainda que o irmão do presidente recebia pedidos e pessoas com interesses financeiros (...) governo. Entre os papéis apreendidos, há envelope com um pedido de ex-acionistas de um banco, que deveria ser entregue a Lula. Vavá nega no depoimento que pretendia encaminhar o envelope ao presidente.
Conforme a investigação, Vavá se reuniu com Servo e um empreiteiro identificado como "Acássio", que trabalharia com máquinas desse tipo, dias antes de sua conversa com o presidente. A PF diz que Vavá pediu 5.000 reais a Servo para atuar em favor da empresa de Acássio. Vavá também responderá por outro caso de suposta exploração de prestígio, em que tentou reverter uma ação desfavorável a um grupo de pecuaristas no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter