O grande potencial hidrelétrico e a facilidade de aproveitamento da energia térmica do Sul do País são as razões que justificam investimentos de R$ 18,7 bilhões, previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para o incremento da infra-estrutura energética da região. Os recursos para o setor de energia representam 49,8% do total de investimentos destinados no PAC aos três estados do Sul Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para o período de 2007 a 2010.
Os demais R$ 18,8 bilhões programados pelo programa de crescimento do governo federal serão direcionados para a modernização de aeroportos e melhoria da infra-estrutura logística regional, além da expansão dos serviços de saneamento, urbanização e acesso das famílias pobres e de classe média à habitação.
Com o PAC, serão instaladas, até 2010, nove novas hidrelétricas e três termelétricas aumentando em 4.472 MW a capacidade de geração de energia elétrica local. Além disso, pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa) também incluso no PAC, serão construídas 11 pequenas centrais hidrelétricas, 11 centrais eólicas e duas termelétricas movidas à biomassa. Outros R$ 958 milhões serão repassados para a implantação de usinas de biodiesel e etanol.
A maior dessas usinas, a de Foz do Chapecó, no rio Uruguai (Águas de Chapecó/SC e Alpestre/RS) vai gerar 855 megawatts de potência (equivalente a 25% do consumo de energia de Santa Catarina) eletricidade para abastecer o oeste catarinense e o norte gaúcho. O empreendimento, previsto para ser concluído em 2010, vai gerar cerca de seis mil empregos diretos e indiretos.
Moradia e saneamento
O segundo maior investimento do PAC para o Sul será em infra-estrutura social e urbana. Os R$ 14,3 bilhões programados vão beneficiar 4,2 milhões de domicílios com serviços de saneamento e 484 mil famílias com urbanização de favelas, construção, reforma e aquisição de moradias.
Na região Sul, o déficit habitacional é de aproximadamente 873 mil moradias, conforme informações do Ministério das Cidades. E, de acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais (IBGE/2006), 19,3% dos domicílios não possuem serviços completos de saneamento (que inclui acesso conjunto ao abastecimento de água com canalização interna, ligados à rede geral de esgotamento sanitário e/ou rede pluvial e atendidos com serviços de coleta de lixo).
Logística
Já para a infra-estrutura logística, o Sul vai receber R$ 3,9 bilhões em quatro anos. Os projetos do PAC visam a superar os limites estruturais do setor logístico e ampliar a cobertura da infra-estrutura de transportes. O objetivo do governo federal é aumentar eficiência produtiva regional e incentivar o desenvolvimento em áreas de expansão agrícola e mineral.
Uma dessas obras é a construção da Via Expressa da BR 116/RS, que vai desafogar a região metropolitana de Porto Alegre. Outro importante projeto é o da duplicação da BR-101, no trecho entre Palhoça (SC) e Osório (RS). A obra abrange 348 quilômetros de extensão e vai custar R$ 1,2 bilhão. Na BR-280 serão duplicados os 62 km do trecho São Francisco do Sul Jaraguá do Sul (SC), que vão interligar a região industrial catarinense ao porto de São Francisco do Sul.
O programa ainda vai viabilizar a ampliação da capacidade do Corredor Ferroviário do Oeste do Paraná. Serão 120 quilômetros de linha férrea, ligando a Ferroeste à Ferrovia Central do Paraná. Haverá também investimentos nos portos da região, como a dragagem de aprofundamento do Porto de Rio Grande (RS). Serão R$ 400 milhões aplicados no empreendimento, que vão permitir o acesso de navios de maior porte no local.
Fonte: Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter